Arrogante.
Arrogante.
Ali na curva da estrada, o Bolicho do Castelhano. Comércio grande; mangueiras para pouso de tropas, galpão com cocheiras para pouso de cavalos. O galpão para o pouso de viajantes. Era ponto de pouso de carreteiros e ponto de troca de cavalos da diligencia. Tinha a cancha do jogo do osso, tinha um reservado onde jogavam baralho; Jogo da Primeira. Para matar a fome do viajante, ali era o lugar do “Pirão de Charque”.
Pelotão de Provisórios, dito “Pés Descalços”. Seis, comandante o Cabo Petiço. Desmontaram e entraram no bolicho arrastando esporas. Cabo Petiço falou do alto de sua “otoridade”:
- Boia. Em nome da lei, queremos bóia para seis...
- Só tem Pirão de Charque...
- Tá bueno. Manda a cozinheira caprichar...
Na cozinha a Madalena, escutou a arrogância do cabo. Começou a preparar o pirão. Ali num canto da cozinha, pendurado um pedaço de sebo de ovelha, já estava rançoso e até cheirando ruim. Madalena nem pensou, pegou o sebo e cortou bem miudinho, botou na panela para derreter, botou o charque na mesma panela. Pirão feito, serviu seis pratos bem cheios.
Comeram, levantaram, saíram, montaram. Logo adiante, seis barrigas roncaram. E foram ao mato...