A morte do morto ser

Enfim, faleceu o tal nosso ilustríssimo Senhor, doutor e desinformado escritor e quase mortal, o excelentíssimo mestre de letras de formas, de fortes traços e forças em seu coração de sentir as coisas de sua visão tão distorcida por ele. E assim ele é simpático, bonitinho e escrotinho e fútil em sua arrogante maneira de ser, pois o tal ser abominável não ler nenhum livro sem o aval de cinco experts jornalistas e seres tão bizarros e boçais como ele é em sua mente brilhante como um diamante.

No entanto, eu penso nisso,🤔 como é que este caramada só vai ler algum livro se algum jornalista de sua estima for lhe indicar. Não há necessidade disso ou ele é débil mental e não possui livre-árbitro? e precisa de algum ser que se diz expert para essa criatura abominável escolher o que se vai ler. E pra continuar a nossa tal saga, ele caminhou entre os tais pobres e seres tão mortais que ele fazia questão de desprezarem a todos que não faziam parte do círculo íntimo de intelectuais e de amigos e esquerdistas baba-ovos.

E nesta sua trajetória com o passar de muitos anos, ele se fez homem, mulher e bicho grilo e tais absurdas coisas a mais e se duvidar até virou bicho preguiça, que virou tanta coisa, que ele esqueceu que um dia iria virar pó da terra e ir para um lindo caixão muito formoso a espera de um defunto fresco para os vermes comer e saciarem a carne com um ser tão vivo e sagaz quando escrevia com sua máquina de datilografar a todo vapor nos tristes anos 70 e pra variar veio o computador.

Déboro Melo
Enviado por Déboro Melo em 16/08/2024
Reeditado em 16/08/2024
Código do texto: T8130139
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