CONTOS QUE NÃO CONTO
(Saudades não morrem)
Eu cresci num bairro violento,
mas, se podia brincar e conversar
a noite na nossa rua apesar dos perigos.
Sabe aquelas brincadeiras antigas
brincadeiras que hoje já não se brinca mais,
por causa dos jogos eletrônicos e Internet.
Naquela época podíamos andar descalço,
brincar em poças d'água, jogar bola debaixo
de chuva, que não ficavamos resfriados,
não tinha essa de bulling, todos no nosso bairro chamávamos pelo apelido.
Eramos felizes, crianças crescendo felizes,
Chão de terra batidas, nossos dedoes
viviam arrebentados de jogar bola descalços.
Mas, tudo isso acabou com o desenvolvimento
e o crescimento dos bairros, mercadinhos,
agora são redes de supermercados, não tem
mais senhor Manoel, seu José da barraquinha,
Seu João do açougue, tudo agora é movido à motoboy e por celulares, ho! Tempo bom que não volta mais, cadê os amigo pra correr, brincar, amizade agora é por mensagem e por e-maio, e outras baboseiras.
Gostava de escrever cartinhas de amor, marcar encontro na pracinha, a vergonha de segurar a mão da menina, e o beijo? nossa! quando acontecia as bochechas ficavam vermelhas.
Era tão gostoso os bailes nas salas de casas,
batida de limão, k-suco de morango, e bolo em guardanapo, saudades desses tempos que só ficará em nossas memórias.
______Nillo Sérgio
@poetadobalcao