Doçura
Doçura (José Carlos de Bom Sucesso)
A tarde está chegando bem devagar. Na rua, Dona Maria e a filhinha de três anos caminham tranquilamente olhando nas vitrines das lojas algo novo e com característica inédita.
Em belo momento, mãe e filha param debaixo da pequena árvore, cuja sombra ainda resiste aos últimos brilhos solares. A pequena ave ainda canta sua música predileta no linguajar de pássaro. A outra responde a canção bem próxima da torre da igreja. As duas contemplam bem felizes aquelas notas musicais incompreendidas na cultura musical.
A atenção das duas é desfeita pelo ancião João, puxando o carrinho de pequenas rodas e nele está a frase dizendo que “ao comprar uma unidade de algodão doce, ganharia mais outra”. Ao chegar perto das duas, ele foi logo oferecendo e a criança despertou todo olhar para aquela figura, que já segurava as duas unidades, sendo a primeira na cor rosa e a segunda na cor branca. A matriarca, abrindo a pequena bolsa, juntou as moedas e lhe pagou. Foram agradecidas com a frase “Deus lhes abençoe”.
Ali mesmo, debaixo da pequena árvore, mamãe abriu o pacotinho de algodão doce e foi oferecido à pequena criança, partindo em pequenos pedacinhos ia conduzindo à minúscula boquinha. A mãe também fez o mesmo. Então, as duas se deliciavam com o sabor bem docinho daquela guloseima, que aos poucos ia desfazendo boca à fora. A felicidade era imensa, que se via escrita na testa das duas. Até mesmo o pequeno pássaro parou de cantar por algum tempo somente para apreciar a verdadeira alegria e harmonia entre mãe e filha.