MESTRUAÇÃO ( ATUALIZADO)

Juliano, um rapaz acostumado a ler revistas pornográficas, teve um dia um lampejo de inspiração e decidiu mudar. Ele levantou-se com determinação e declarou: "A partir de hoje, não leio mais revistas pornográficas. Vou começar a ler livros e ampliar meus conhecimentos."

Decidido, Juliano foi até a biblioteca. Ao chegar, ficou impressionado com a quantidade de livros disponíveis e perguntou-se: "Qual desses livros devo escolher para ler?"

Até que um livro chamou sua atenção, foi amor à primeira vista. Juliano e o livro se apaixonaram mutuamente. Ele pegou o livro, sentou-se em um dos sofás e começou a folhear, procurando alguma figura feminina. No entanto, o livro continha apenas letras, pequenas como as tangas das mulheres das revistas pornográficas. Logo, ele se empolgou com a leitura, descobrindo um mundo novo. Em um dos capítulos, o escritor descrevia a primeira menstruação de uma menina, e Juliano se interessou pelo assunto, curioso para saber como terminaria.

Juliano, admirado com a beleza da descrição do escritor sobre a menstruação, começou a sentir algo diferente: um desejo de experimentar uma menstruação. Ele pensou: "Por que minha esposa reclama todos os meses da menstruação? Parece ser tão bom pela forma como o escritor descreve. Será que é uma desculpa para não fazer amor comigo?"

Voltou ao livro, lendo intensamente, e começou a acreditar que queria ter uma menstruação. Sentindo-se empolgado, começou a experimentar os mesmos sintomas descritos no livro. Passou a mão no rosto e disse: "Este livro está me deixando maluco. Como um homem pode ter uma menstruação? Vou até a padaria pegar alguma coisa para comer."

Ao voltar para a biblioteca, com o livro em uma mão, um lanche na outra e um refrigerante debaixo do braço, continuou a leitura sem perceber o tempo passar. Juliano estava tão hipnotizado pelo livro que nem notou quando o lanche e o refrigerante acabaram. Começou a sentir algo estranho na barriga, uma sensação de borbulhamento. "Será que vou menstruar?" Pensou.

As dores começaram a piorar, e Juliano soltou alguns gases. "Será que é sinal da menstruação?"

Decidiu ir para casa, pegou o livro e continuou a leitura, ansioso para saber o final da história. Deu tchau aos amigos na biblioteca, e, ao sair, ouviu-os comentando: "Você viu como ele está estranho? Amarelo! Olha o tamanho da barriga, e ainda soltou um peido aqui dentro!"

Enquanto os amigos discutiam a aparência de Juliano, ele foi para o ponto de ônibus, encostou-se na parede e voltou a ler. Com a barriga inchada e cólicas, os gases não paravam de sair. As pessoas ao redor, com as mãos no nariz, começaram a reclamar: "Olha esses sacos de lixo, deve ter algum cachorro morto, que fedor!"

Juliano, tentando disfarçar, assobiou e colocou o livro no rosto, sorrindo amarelo e trançando as pernas. "Será que esses gases são por causa da menstruação? Preciso chegar em casa."

Lembrou-se de um dia em que teve que ir à farmácia para Carminha e perguntou: "Você quer que eu compre mais camisinha, amor?" "Não, seu bobo, só pensa nisso." "Então você está naqueles dias e quer que eu compre absorventes para você?" "Juliano, mulheres modernas já não usam mais absorventes, agora é Tampax."

Chegando na farmácia, Juliano pediu ao farmacêutico um Tampax e comprou a caixinha. Pensou em pedir a Carminha para explicar como usar.

No ponto de ônibus, Juliano tentava segurar os gases, trançava as pernas e, no desespero, encostou-se na parede. Quando o ônibus chegou, entrou debaixo de vaias e ouviu: "Podre, escondeu um gambá dentro das calças?"

Sentou-se no fundo do ônibus, fingindo não ouvir os comentários das pessoas. Continuou lendo, mas a barriga reclamava, e os gases voltavam a sair. O fedor era tão forte que alguns passageiros começaram a passar mal e vomitar. Reclamaram ao motorista: "O senhor precisa fazer algo, pare este ônibus e tire esse camarada antes que ele nos mate com esse cheiro!"

O motorista respondeu: "Senhores, não posso jogá-lo para fora. Conheço a família dele. O que posso fazer é cortar caminho para chegarmos mais rápido ao ponto dele. Vocês concordam?"

Todos concordaram, dispostos a fazer qualquer sacrifício para se livrar do cheiro. O motorista acelerou e, após meia hora, Juliano avistou seu ponto de ônibus, levantando as mãos em agradecimento. Os passageiros gritaram: "Amém, seu porco."

Ao descer do ônibus, o motorista pediu aos passageiros que abrissem todas as janelas e seguiu com a porta aberta. Juliano pensou: "Tudo isso por causa da minha menstruação? Será que um homem não pode menstruar? Que povo ignorante."

Soltou mais um gás e correu para casa, gritando por Carminha: "Carminha, Carminha! Me ajuda, me ajuda! Traz logo aqueles Tampax, está vindo, está vindo! Estou tendo uma menstruação, Carminha, vem logo!"

Carminha, achando graça, perguntou: "O que foi, Juliano? Você está ficando maluco? Como um homem pode ter menstruação?" "Carminha, eu reclamo quando você tem a sua? Então me deixa ter a minha, traz logo dois daqueles Tampax, está vindo, está vindo, corre, Carminha."

Carminha saiu correndo, rindo. Juliano estava convencido de que estava menstruando. Pensava: "Pelo fedor, deve ter me cagado todo."

"Carminha, por que você demora tanto para trazer essa bendita caixa de Tampax?" "Juliano, já estou indo, amor. Levo a caixa de Tampax. Por que você não toma um banho e joga água na barriga? Quem sabe melhora as dores. Depois te ensino como usar o absorvente e preparo um chá de ervas para você."

"Está bem, Carminha, vou tomar um banho para ver se melhora essas cólicas."

No chuveiro, Juliano viu como sua barriga estava inchada e brilhante. Começou a jogar água e questionou: "Será que, além de menstruado, estou grávido? Não é possível, sempre uso camisinha quando faço amor com Carminha."

Ele deu uma risada e lembrou-se do livro: "O escritor não falava que a menstruação era assim. Pensei que minha Carminha não me amava mais."

Ao cair água quente sobre a barriga, Juliano começou a soltar gases que arrancaram azulejos da parede com o fedor, e um pedaço caiu em sua cabeça, fazendo-o desmaiar.

Uma hora depois, Carminha foi chamá-lo, batendo na porta do banheiro, sem resposta: "Juliano, Juliano, você está bem? Abre a porta, amor."

Desesperada, Carminha começou a gritar: "Me ajudem, me ajudem, me ajudem!"

Um vizinho, Juarez, ouviu os gritos e correu para ajudar: "O que está acontecendo, dona Carminha?" "Juarez, Juliano chegou dizendo que estava tendo uma menstruação, pediu um Tampax e eu o mandei tomar banho, mas faz muito tempo que ele não responde."

Com um sorriso irônico, Juarez respondeu: "Como, dona Carminha?" "Isso mesmo que lhe disse, ele falou que estava tendo uma menstruação." "Tudo bem, dona Carminha, vou acreditar que seu marido está tendo uma menstruação. Agora vou chamá-lo."

"Juliano, Juliano, é o Juarez, seu vizinho."

"Dona Carminha, ele deve ter caído no banheiro e desmaiado. Vou ter que derrubar a porta, com licença."

Com uma pesada, Juarez derrubou a porta e encontrou Juliano desmaiado no banheiro, todo sujo. Pediu desculpas a Carminha: "Desculpe-me, dona Carminha, a senhora disse que seu marido estava tendo uma menstruação, mas ele está todo sujo. Parece que foi uma bela diarreia."

Carminha e Juarez limparam Juliano, colocaram-no na cama e deram chá de ervas para ele tomar. Carminha agradeceu a Juarez, acompanhou-o até a porta, trancou e foi se deitar. No quarto, Juliano dormia, sorrindo de orelha a orelha. Carminha pensou: "Até que enfim, Juliano dormiu. O que será que ele comeu? Nossa, que história doida, um homem tendo uma menstruação, será que ficou maluco?"

Cansada, Carminha deitou-se ao lado de Juliano, acariciou sua barriga e ouviu alguns barulhos. Levantou-se da cama, pois o fedor começava a subir. Pegou um cobertor xadrez que sua avó Horminda lhe deu quando era criança, fedido e mofado pelo tempo, e foi dormir encolhida no sofá.

Ao amanhecer, Juliano se levantou cambaleando, amarelo e suado, chamando por Carminha: "Carminha, Carminha, cadê você, amor?"

Carminha levantou do sofá, com o corpo dolorido e estralando: "O que foi, Juliano?" "Carminha, onde você estava? Por que dormiu no sofá?" "Juliano, eu resolvi dormir no sofá porque não aguentei seus gases debaixo do edredom, empesteou o quarto."

"Carminha, como fui parar na cama? Lembro-me de ir ao banheiro tomar banho e depois nada mais."

"Juliano, você desmaiou no chão do banheiro, falando: 'Estou tendo minha primeira menstruação, está vindo, está vindo, Carminha, traz meu Tampax.' Fiquei com medo e chamei Juarez, que me ajudou a te dar banho e levar para a cama. Ele sugeriu te levar ao hospital, mas você começou a sonhar. Juarez foi embora rindo."

"Carminha, eu sonhei que estava tendo uma menstruação, senti ela vindo. O escritor descrevia no livro. Carminha, de onde vem todo esse fedor?" "Juliano, foi sua menstruação." "Carminha, menstruação fede? Cadê o sangue? Menstruação tem sangue, não tem?" "Juliano, você não teve menstruação alguma." "Como não tive, Carminha? Você disse." "Juliano, vou te contar a verdade. Você teve uma grande diarreia, tão forte que derrubou azulejos com o fedor. Você se empolgou com o livro, mas como um homem pode menstruar? Deve ter comido algo que te fez mal."

"Mas, Carminha, eu tive sim!" "Juliano, estou cansada dessa história de menstruação. Não dormi nada esta noite, estou toda dolorida. Você teve foi uma grande diarreia, e bota grande nisso. Só me faltava essa: um homem menstruar. É para dar risada."

"Triiiiiim, triiiiiiiiiiiiiiim." "O que foi, Juliano?" "Carminha, aconteceu algo esta noite?" "Não." "Que bom." "Que bom o quê, Juliano?" "Carminha, tive um sonho estranho, sonhei que estava menstruando e acordei todo sujo." "Juliano, é para rir. Imagine um homem menstruando, só em sonho mesmo."

"Juliano, vai dormir, você ganha mais. Imagine um homem menstruando, seria o fim do mundo."

PAULO PEREIRA
Enviado por PAULO PEREIRA em 25/07/2024
Reeditado em 03/08/2024
Código do texto: T8114818
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