Conto do frouxo.

Aqueles que são falsos, são forçosamente, até que o contradigam. Quando assim feito permitem esboçar fúria inescrupulosa por saberem que dela não sairá verdade. Pedira para parar o veículo e ameaçara pular se não fizesse. Ri por dentro, mais uma vez maldosa. Não queria deveras teu corpo, ele não mais me aquece, queria ver quebrar com o tempo tua expectativa e essa tua falsa modéstia, e pior, muito pior, essa tua falsa inteligência.

Prefiro então os burros, porque deles sairão asneiras e não tentativas inúteis de moral e civilidade. Aliás, foda-se a moral e a civilidade e pule do carro se você quiser e continue mentindo a si mesmo até o fim de teus inúteis dias.

Ah! Sinto-me má, como aquelas crianças que machucam as outras. Sinto-me mais que malvada, me sinto irredutivelmente bem por saber que quis saltar do carro quando eu disse:

Essa tua sensibilidade não me comove.

Liviuca
Enviado por Liviuca em 10/01/2008
Código do texto: T811256
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