Da CEREBOM ao Celebrón...
Foi só menino que o conheci. Também uns dez anos nos separavam...ele, era o Toninho, ou Tuneca, ainda de chupetinha, aloirado, enquanto, com seus irmãos maiores, Cisão e Zé Luís, eu e meus manos peladeávamos pelas tardes vadias em nosso beco sem saída, na poeira ou no barro do chão de terra batida ... Depois, nos apartamos todos, sendo que só o Cisão, em razão de sua descomunal altura se destacava no futebol em outras arenas. Se não no jogo aéreo, aéreo a tudo mais...
Do Toninho, das raras notícias que me chegavam, vim a saber que se fizera um guapo mocetão, cobiçado pelas moças, e, jeitoso e popular, e viera a se tornar representante de uma conceituada empresa cerealista de Bom Despacho, cidade vizinha de nossa Pitangui, a CEREBOM, com larga influência no centro oeste do Estado de Minas. E com o emprego consolidado, juntando as forças, um apodo mais que adequado: Celebrón.
Quando já nos estertores da pandemia da covid-19, deparar-me com nome do Toninho no obituário da cidade, foi um choque. Apenas entrado no sexagenariato, ninguém esperava um desfecho tão súbito para o Celebrón, branquelão sacudido...ainda capaz de muita proeza, com toda certeza, levando cereal a tanta mesa...