EXISTENCIALISMO E PSICANÁLISE (LUCY IN THE SKY WITH DIAMOND) (XIV)

EXISTENCIALISMO E PSICANÁLISE

(LUCY IN THE SKY WITH DIAMOND) (XIV)

LUCY AUSTRALOPITECUS sonhava??? Certamente ela dormia quando cansada de subir em árvores em busca de alimentos. Ao caminhar para colher frutos e ervas, também devia, de quando em vez, correr desesperadamente para salvar a vida da proximidade com animais ferozes que, supõe-se, povoavam a selva, na terra africana tão antiga. Talvez houvesse construções que indicavam a presença de aliens curiosos da existência dos australopitecos, milhões de anos antes da fundação da Tunísia pelos berberes, e do advento do povo bantu.

A PRESENÇA de alienígenas na África e demais lugares na Terra há milhões de anos, não é invenção de adeptos da teoria da conspiração. É verdade verdadeira. O paradoxo de Fermi afirma que eles, aliens, querem permanecer como se fossem zeladores do zoológico humano, observando-nos de longe, na invisibilidade presencial. Cientista dizem ter encontrado traços de matéria orgânica extraterrena em rochas da África do Sul. Tal material orgânico datou de 3,3 milhões de anos. Remanescente de restos encontrados em profunda rocha numa vala, por conta da atividade residual vulcânica.

A IDENTIFICAÇÃO feita por espectroscopia de ressonância paramagnética eletrônica (EPR). A rocha com dois tipos de matéria orgânica insolúvel, sugeriram origem de fora da Terra, semelhante às mostras de meteoritos contendo compostos orgânicos. Espinélios, grupos de minerais que se cristalizam de forma irregular, são também formados pela entrada de objetos alienígenas na atmosfera de nosso planeta. O autor da pesquisa: Didier Gourier, da Université Paris Sciences et Lettres, prestigiada universidade da França, sucedeu a extinta Universidade de Paris.

ESTAMOS EM território semelhante ao da ficção científica: a hipótese de construções aliens na África contemporânea de Lucy Australopiteco. Se eram ou não os deuses alienígenas, o certo é que muita gente boa de ciência acreditava, antes da 1ª edição de Eram Deus Astronautas, de Erich von Däniken, que os Ets sempre estiveram por essas bandas da Via Láctea. Muitos textos bíblicos dizem isto claramente.

PASSEMOS DE Lucy Australopiteco para os primatas sapiens, meus pais. Havia neles sintomas ou disciplina no desenvolvimento espiritual??? Havia em minha mãe habilidades especiais??? Eu acredito que sim. Em meio às distorções desses dons e dessa espiritualidade. Ela acreditava que poderia usufruir dessa graça divina à revelia de seu comprometimento com sua revolta pessoal e obstinação de posse. Posse desses mesmos dons que ela via em mim. Na criança que eu era.

AO QUERER se apossar, a qualquer preço, de minha espiritualidade, ela e o marido não paravam de tentar me subtrair de meu respeito próprio. Não paravam de tentar, via espancamentos, mentiras, ameaças e subtração de meus direitos de filho primogênito, a imobilização de minha personalidade. A falta de recursos para a sustentação familiar, me posicionava como um estorvo para meus demais irmãos. As insistentes batidas de minha cabeça no chão duro de cimento da sala, nas seções de espancamento, quando euzinho simplesmente perdia os sentidos, em meio à dolorosa sensação de esmagamento de meu cérebro, era uma estratégia deles para me tornar um retardado mental.

ESSES IMPACTOS dolorosos de minha cabeça no chão de cimento da sala de estar, visavam a perda de minhas habilidades, meu pensamento ágil e rápido. Visavam me tornar um paraplégico. Mas a providência divina não permitiu que isso acontecesse. Euzinho ganhava uma maior compreensão de meus talentos inatos, e compreendia perfeitamente a malévola intenção deles. Eu confiava que num dia posterior em meu futuro, poderia narrar a intensa e perversa alienação de ambos. O que estar a acontecer nesta narrativa. Eu persistia em viver e não permitir que esse flagelo de educação me desestimulasse.

EU PERCEBIA a conexão entre a intenção deles, e o meu papel de ser eu, uma inconveniência, uma contrariedade para todos na família. Minha vida e consciência não seriam sustadas porque eu acreditava neste dom imensurável que é a vida. Minha vida. Eles não poderiam estar certos em querer acabar comigo. Com minha existência. Com minha consciência existencialista. Eles não conseguiriam, apesar de seus ingentes esforços nesse sentido. Eu era um pequeno Cristo, vergastado por sua imensa vontade de me ver agonizar e morrer na cruz de uma educação à moda do nordeste brasileiro. À moda de suas vidas secas e perversas.

EU ACESSAVA as energias invisíveis que moldam a existência humana sapiens. Eles acessavam essas energias, mas numa perspectiva destrutiva, molesta, desumana. Eu, uma criança, sabia disto e, tenho certeza, ela, minha mãe, ele, meu pai, também sabiam. Mas esse saber não os impedia de continuar a tentar conter meu natural desenvolvimento, porque não atinham como investir recursos nele. Com a ajuda dos outros filhos, principalmente da filha mais velha entre as mulheres, a irmã Wanja, e de meu segundo irmão na escala de nascimento, o Mané. Futuramente eles viriam a transferir essa responsabilidade de dar apoio a essa estratégia, para outro irmão, o Zeff, policial da PM, que usava a farda para fazer ameaças à minha integridade física.

MINHA VIDA familiar era um pesadelo interminável. Coragem, paciência, persistência e minha mente aberta e determinada a acreditar na providência divina, e em minha persistência no num desfecho favorável que me pudesse premiar a fé. Uma resiliência de difícil estoicismo. Mas eu não tinha uma saída. Precisava cria-la. A criação de meu futuro estava em minhas mãos. Que responsabilidade difícil.

HAVIA EM mim a convicção de que me roubavam a continuidade natural e lógica de minha vida, para me lançar num mundo turvo, no qual em poderia me tornar, se aceitasse essas condições, apenas uma sombra dos meus merecimentos naturais. Em verdade eu era vítima da magia negra da necessidade deles em camuflar sua total falta de vocação para serem pais. Meus pais. Pais de família. Nordeste em família.

DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 13/06/2024
Reeditado em 13/06/2024
Código do texto: T8084753
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