O ônibus

6:00 acordo para me arrumar para o trabalho, um calor brabo. O calor era tanto que a marca do meu corpo ficava na cama por causa do suor, parecia que contornaram um corpo de um defunto no lugar onde dormia.

Devidamente arrumado, o cafézinho já está pronto, o tomo e saio, pois já estou um pouco atrasado. Chegando ao ponto, o ônibus chega junto comigo, entro, passo a catraca e vou até meu destino. Na metade do caminho, pressinto algo errado, além do mormaço das pessoas todas juntas sinto um cheiro que não era agradável, meu nariz começou a queimar, minha cabeça a doer e além de mim o pessoal em volta começou a fazer um coro chamando todos os Santos possíveis:

_ MEU DEUS

_ JESUS AMADO

_ AVE MARIA

E todos xingando o motorista por causa da podridão, mas não tinha sido ele que tinha soltado a bomba (pelo menos foi isso que ele disse). Teve pessoas passando para olhar a mão de cada passageiro para ver se estavam amarelas, pois se estivesse ia ser preso por tentativa de assassinato.

E os murmúrios de desespero continuavam:

_ Abram as janelas, derrubem se possível, estão carregando um corpo aqui dentro deste ônibus!!

_ Ou morreu um urubu aqui dentro ou passamos por uma carcaça de vaca que estava no meio da estrada, eu nunca senti cheiro fedido parecido como esse..

Com os xingamentos, o motorista parou no meio do caminho e fez todos descerem para tomarem um ar e acudirem aqueles que desmaiaram devido a flatulência tóxica que foi solta. Eu saio vivo, só não consegui sentir cheiro algum durante umas 3 horas, vida de quem pega transporte público é difícil boa parte das vezes.

Lucas Magalhães de O
Enviado por Lucas Magalhães de O em 02/06/2024
Reeditado em 13/09/2024
Código do texto: T8077003
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