Chase
Nosso amigo comunista com seu indefectível boné verde oliva, ‘viva cuba’, uma vez mais chega à minha sala do sexto ano B e sem cerimônias, sem pedir licença, hábito que já lhe é usual, começa o ritual da chamada (na minha escola, mesmo que o professor tenha a obrigação de fazer a sua chamada, a direção optou por também fazer a chamada de cada sala de aula e o inspetor de alunos fica encarregado dessa função).
Rapidamente me dou conta que nessa sala, é onde estuda um garoto baixinho e sardento com um nome bem pouco latino.
Fico no aguardo da letra C.
Ele: ‘Chase’
Chase: ‘É Tcheiz’!
Ele: ‘Aqui tá escrito Chase.
Os outros alunos saem em defesa do Chase ou do Tcheiz como queiram:
‘Mas tio se pronuncia Tcheiz’!
O nosso amigo antiamericano não se dá por vencido:
‘Aqui tá escrito Chase e eu vou ler como tá escrito’!
Bom eu penso enquanto ele avança na chamada, dessa vez ele não falou algo do tipo:
‘Nóis não tamu nos Estados Unidos, a gente tá no Brasil. Aqui não tem essa de nome americano.
Enfim, prevejo que esse embate será encarniçado até o final do ano.