O sapo (ou o que quer que seja).
O que é um pontinho preto pipoqueando no chão? Aproximei-me, pronto para resolver essa questão de alta filosofia, e o deparo: um sapo. Ou rã — ou perereca, sei lá. Inventice me dei: pegá-lo (ou -la...). Foi difícil, me tomou uns cinco minutos, pois cada vez que eu fechava a mão, o ser saltava para outra posição. Quando consegui, a sensação de um trocinho gelado lembrou uma gelatina. Nenhum nojo, tem bicho que é mais limpo do que gente. O melhor, ou mais trágico, de tudo isso foi: fiquei esse tempo tentando tomá-lo, para que pudesse observar, porém vi: se eu tirasse uma das mãos, ele fugiria; e se deixasse uma frestrinha, talvez eu o veria perto por demais, bem na retina. De um jeito ou de outro, coloquei ele dentro de vez da minha casa — aviso não se tratar de cárcere, livre estava para ir embora a qualquer hora —, vai que goste das iguarias passeantes da noite.