A Fila Anda.
A Fila Anda.
Um sábado de temperatura agradável naquela bonita Curitiba. Ele vestiu a camisa do “Coxa” ;(Curitiba Futebol Clube), uma calça jeans e calçou os tênis. Ia sair, ir aonde? Visitar a madrinha, lá no Capão Raso. Não, outro dia. Ir ao Boteco do Zé da Pinga. Um boteco onde jogavam sinuca, tomavam cerveja, comiam “carne de onça”, (um lanche tradicional dos botecos curitibanos, feito com carne moída crua), e discutir futebol. Não, não estava com vontade de discutir futebol, aliás o “Coxa” não andava jogando bem. Visitar a Idalina. Idalina? Sim, rever aquela que foi sua namorada num tempo que durou mais de dez anos. Tudo acabou por um motivo idiota. Há três anos que nunca mais tinha visto ou sabido notícias dela. Três anos! O tempo voa. Decidiu; visitar a Idalina. Saiu até pensando em reativar o namoro. Seria uma boa. Sim um relacionamento que foi mais que bom, não se pode abandonar assim, assim. Idalina eu estou voltando. Na rua modesta, na frente da casa uma criança nua brincando na areia. Parou diante do portão no momento em que um sujeito, sem camisa, abriu a porta e gritou:
-Idalina, teu guri tá na lama...
La de dentro da casa ela gritou:
-Tira ele daí, tu és o pai...