O MEU PAPAI-NOEL
Valdir Rangel
Para ele não havia muita esperança, mesmo assim colocou o seu sapato, na janela, e quando acordou, percebeu que já era adulto.
Papai-Noel, que nunca veio visitá-lo nos natais, não poderia mais vir, acordou, tomou seu banho matinal, uma xícara de café, e mesmo decepcionado, foi enfrentar as ruas.
Talvez encontrasse a esperança, no sorriso de uma criança, pelo seu caminho, ou encontrasse mesmo Papai-Noel, e pudesse receber dele, pelo menos um bom dia.
E na entrada da estação do metrô, visualizou Papai-Noel, que vinha cansado, depois de sua jornada extra de trabalho, alegrando as crianças num shopping.
Num gesto automático, correu para junto do bom velhinho, e entre lágrimas, e sentimentos inexplicáveis, lhe abraçou e lhe beijou...