O Jogo da Despedida
— Por favor, filho. Não faça isso.
— Eu vou me jogar, não se aproxime!
— Se você fizer isso será o fim, não só para você, mas para toda a nossa família.
— Eu te amo, pai, mas chegou a minha hora! Deixo um beijo para você, para a mamãe e todo o meu amor por todos, pelo “dindo”, pela vovó, pelo vovô e até pela chata da minha irmã Heleninha.
— Filho, espera!
— Adeus!
Com um grito vindo da alma, o pai implora:
— Meu filho, NÃO!
Apesar do apelo do pai, já era tarde. Arthur, de apenas 9 anos, se jogou de costas do alto de um escorregador colorido para o fundo de uma piscina de bolinhas.
— Que brincadeira saudável, não, Claudio! — disse a mãe furiosa, que ouvira todo o diálogo de longe.