As manias de um porco-espinho
Via-se de longe um pequeno rato ou mais um tamanduá, que se virara em um porco talvez. Chegando mais perto ele era somente um porco: porco-espinho.
E o mais estranho é que ele se contorcia no chão, como se estivesse machucado.
-Está tudo bem?!
Ele virou-se e tomou um susto, abrindo os olhos rapidamente.
-Que horror! Que mortal! Minha mãe de espinhos do céu! Você vai me devorar?! Olha que eu sou muito mais forte do que você pensa!
-Não, não, eu achei que você estive com muita dor, então deveria vim ajuda-lo...
O porco-espinho parou e pensou: mas nunca, ninguém, nunquinha! Se preocupara comigo. Que esquisito... Ainda mais uma lagartixa grande, por mais que eu nunca tenha visto essa nova espécie.
-Olá, você está bem mesmo?
Perguntou a menina com o rosto todo vermelho de vergonha.
-Estou sim, estou sim, sim.
A menina se perguntara, por quê ele sempre falava a mesma coisa tantas vezes. Não poderia dizer diretamente, ser mais objetivo?
-Bom minha senh... Madam... Quero dizer, meu Ser Grande.
Claramente não foi a melhor coisa a se dizer para se referir aquela moça linda, de olhos claros, pele rosada e cabelos de fogo.
-Eu já vou indo!
Disse o porco.
Até mais.
Disse a menina sem graça.
-Até, até.
Falou o porco-espinho indo embora rapidamente, adentrando a floresta.