PERIGOS DA NOITE 13

Menos de uma hora e a mãe e o pai de Monique que estão ali no hospital, o rapaz foi direto para a cirurgia pois terá de retirar a bala que ficara alojada abaixo do peito.

- Ele corre risco dr?

- Por incrível que pareça, ele nasceu de novo, mais como toda cirrugia há seus riscos.

- Entendo dr.

O médico retorna para o centro enquanto o homem olha para a mulher ali.

- Ele ficara bom.

- Tem certeza?

- O médico, ele acabou de informar.

- Acredita, eu não consegui ouvir nada, estava tão firme em minhas preces.

- Faz bem, afinal ele é muito importante para ti.

- O quê, como assim, lógico é meu primo e...........

- Pare, eu sei de tudo, vi vocês dois naquela noite no quintal.

- O quê?

- Temos que resolver nossas vidas, eu tenho que resolver a minha.

Monique chega ali junto de Tânia.

- Então mãe, pai, como esta?

- O seu pai falou com o dr.

- Fale pai, como ele esta?

- Bem, vai poder voltar aos seus, logo.

- Nossa pai, dizem que foi 8 tiros?

- Sim, mais ele só foi atingido por um e outro foi de raspão.

- Aconteceu alguma coisa pai, mãe?

Jean vai para o quarto próximo ao salão cirúrgico, a mãe de Monique entra ali no quarto esfregando as mãos, olha para o homem ali na cama recém operado.

- Querido, acorde, eu vim, vou ficar com você, sabe, agora já podemos ser nós, tudo foi resolvido, tudo.

Com lágrimas nos olhos ela se aproxima e o beija na face, logo ouve o bater na porta e sai para o corredor, Monique olha para a mãe ali em lágrimas.

- Ele vai ficar bem.

- Eu sei, cadê o seu pai?

- Disse que estava com fome e sono, foi para casa.

- Filha preciso falar com você.

- O que foi?

- Seu pai e eu..............

- Não, eu não mais ouvir.......

- A gente decidiu, é melhor assim.

- Não mãe, o pai te ama e a senhora o ama.

- Não, a muito tempo, eu não o amo mais, a gente só divide o quarto, só isso.

- O quê mãe, acha que este é o lugar certo para falar disso?

- Eu amo outra pessoa.

- Pare mãe, tá ouvindo a si mesma, as bobagens que diz.

- Eu vou ser feliz, pronto filha.

- Com quem mãe, com quem?

- Com o Jean, eu amo ele.

Monique ao ouvir aquilo se enfurece e avança na mãe, Tânia a segura a tempo e a retira dali com certa dificudade.

- Vagabunda é isso que você é, uma tremenda vagabunda.

Cláudia para o carro longe da cidade, desce deste e entrega a chave para Damião, o cara que ela contratou para dar os tiros em Jean.

- Já sabe, suma com este carro.

- Tudo certo, ninguém saberá de nada.

- Assim eu espero, pegue o restante e suma junto.

- Muito bom ter tido negócios contigo.

- Vai.

- Fui.

A mulher fica ali na beira da estrada até que o carro que pedira por app chega e ela entra.

- Boa noite, para onde senhora?

- Boa noite, me deixe neste endereço.

Ela envia por mensagem do celular para ele e este segue para o destino ali.

Ao chegar no condomínio já sabe pelo porteiro da angústia de Leonardo.

- Não se preocupe, aquele ali é puro nervo, sempre.

Claúdia segue para o apartamento de Leonardo que esta na sala no quarto wisky.

- Por onde esteve, quer me deixar morto, a louca de Yolanda quer sua cabeça?

- Como assim tio, o que eu fiz?

- Boas coisas sei que não foi, olhe, tome todo cuidado por que a temporada de caça a sua cabeça começou.

- Sendo assim, vou adiantar as coisas para aquela velha.

- O que vai fazer?

- Fique tranquilo tio, sei muito bem o que eu faço.

Claúdia sai do apartamento e no corredor a espera do elevador pede outro carro por app.

Monique ainda em extrema raiva xinga muito ali frente ao hospital, Tânia fica ali tentando apaziguar.

- Pare amiga, ela só disse o que no fundo já sabíamos.

- Eu não posso acreditar, Tânia, minha mãe tendo um caso com o Jean meu primo?

- Pare Monique, acorde, aquele cara nem é seu primo, você mesma já me disse isso várias vezes.

- Sim, eu sempre senti ele um estranho, tipo, uma visita indesejada que nunca vai embora, agora sei o por que.

Yolanda se prepara para dormir quando ouve o sinal do interfone e segue.

- Sim, o quê, a essa hora, sim, pode deixar, eu a receberei.

Poucos minutos e ali frente a ela, Cláudia.

- Olá Yolanda.

- O que foi garota, que petulância essa sua de vir me acordar?

- Pare sei bem do seu tipo, nunca dorme.

- OLhe, por muito menos dei fim em gente bem melhor que você.

- E por que não o faz o que quer fazer logo vai, estou aqui na sua frente?

Claúdia recebe um tapa que a faz cair e logo tem as mãos de Yolanda presas ao seu pescoço.

- Com muito prazer seu projeto de piranha falida.

- Eu não sou piranha, sua velha louca.

- Tome. Yolanda bofeteia com uma mão a cara de Cláudia ali até tocar seu celular.

- Olhe, salva por algo que com certeza vale muito mais a pena.

Yolanda atende e logo olha para a mulher caída ali no tapete.

- Vai, sai logo daqui.

- Não, eu quero te falar umas boas.

- Sai. Aos gritos Yolanda ordena a saída de Claúdia, logo Bent chega ali.

- O que houve aqui?

- Tire essa vagabunda daqui, temos de sair logo.

- Sim.

Felipe recebe alta e Lídia o leva embora, Rodolfo recebe a noticia por celular e segue para a casa, ali aguarda a chegada.

- Pai.

- Filho.

- Me perdoa pai.

- Deixe disso filho, deixe para lá.

Lídia se emociona ao ver aquela cena ali.

Cláudia segue para o condomínio ainda sentindo dores no pescoço.

- Por favor me deixe na delegacia.

- Sim.

O veiculo muda o curso seguindo para delelgacia da mulher, ali Cláudia fala com a escrivã já que a delegada de plantão saíra em ocorrência, terminado ela pede outro carro e vai para o condomínio.

Jean acorda e ao ver ali no canto do quarto, aquela mulher que lhe deu abrigo entre outras coisas.

- Você?

- Oi, vim assim que soube, não faça movimentos, você foi operado.

- E a Monique, seu marido?

- O que tem, olhe, minha preocupação agora é você, só você.

- Por que fala assim, não diz que eles descobriram, descobriram tudo?

- Sim, eles descobriram, finalmente posso viver meu amor, posso ser feliz com você.

- Mais...........

- O que foi?

- Seu marido, sua filha, nossa eles não mereciam o que nós fizemos.

- O que foi, já foi, foi feito, agora ficou a gente e pronto.

- Eu tenho que falar com a sua filha e seu marido.

Jean tenta sair do quarto e sente dor, a mulher o apoia e com todo carinho o acalma.

Monique chega em casa e ao abrir a porta não nota diferença alguma, Tânia segue para a cozinha por estar com muita sede, decidiu-se por ficar ali junto da amiga naquela noite.

- Pai, cheguei, o sr quer comer algo?

Sem resposta, Monique vai para o quarto dos pais, ali o guarda roupa aberto, só as roupas da mãe, na cama uma carta.

- Tânia.

- Oi. A amiga vem a ela e decidem por ler aquela carta, entre uma breve retropectiva de tudo ali vivido no casal, o pai de Monique termina desejando tudo de melhor para todos e revelando também estar tendo a 4 anos um extra relacionamento com uma amiga de trabalho.

- Meu pai, ele, meu pai também traiu a gente?

- Olhe, se por um lado sua mãe fez, seu pai também aprontou.

- Por que, por que tudo isso agora?

Monique termina de ler e no rodapé dessa uma observação de que a mulher conte a verdade por completo sobre Monique urgentemente.

- Que verdade, do que meu pai fala aqui, que verdade, o que eles me esconderam?

- Calma, logo sua mãe vai estar aqui e você poderá saber.

- O que, o que eu preciso saber?

Tânia abraça a amiga enquanto deduz no seu íntimo o que possa ser isso tudo.

Yolanda ali do lado do irmão no hospital vela o sono deste quando ele acorda.

- Irmão.

- Yolanda.

- Você esta melhor, você esta bem, querido irmão.

- Você veio, ah, você veio, preciso que me faça algo.

- O que irmão, o que?

- Minha filha, preciso ver minha filha.

- Filha, nao, você não tem filha.

Neste momento entram ali o doutor e duas enfermeiras.

- Que bom que meu paciente predileto acordou, agora vamos limpa-lo e examina-lo.

- Eu, vão me limpar?

- Sim.

Yolanda sai dali deixando os profissionais da saúde no cuido do paciente, ali no corredor ela liga para Bent que esta por perto e logo vem a ela.

- Sim Yolanda.

- Quero que me faça algo.

- Sim.

- Quero que procure a tal filha do meu irmão.

- Filha?

- Pois é, ele acordou me pedindo essa graça.

A mãe de Monique chega ali entrando rapidamente passa pela sala indo para o quarto, pega uma sacola, uma troca de roupas e segue para o quarto de Jean, ali escolhe algumas roupas colocando na sacola, sai dali e ao passat pelo quarto dela, vê a carta aberta ali no colchão.

- O que é isso?

Ela entra e inicia a leitura e logo sai, ali no sofá esta Monique.

- Filha, oi, eu vim só buscar as roupas para o Jean, ele sai amanhã, bom né?

- O Jean, seu amante, o cara que você traiu meu pai todo este tempo?

- Olha, a minha vida nunca foi esse mar de rosas que você imagina.

- Mãe, a senhora enganou meu pai, a mim, como pôde?

- Acha que foi fácil, acha?

- O quê, vai agora colocar a culpa no pai, é isso?

- Sim, aquele homem nunca foi o herói que você desenhou, você não sabe nem 10% do que eu passei nesta vida com ele.

- Isso te deu o direito de trair ele e ainda colocar o seu macho dentro de casa, desta casa, com a gente?

- Olhe, para uma filha e mulher você esta bem machista, sempre soube que seria assim.

- E de que jeito você queria que fosse?

- Você esta certa, não vou discutir com você, depois a gente fala, melhor assim, vou para o hospital e pronto.

- Tá certo, tá, é sempre assim o errado foge.

A mãe larga a sacola e vai para junto da filha.

- O que você acha que entende de certo nesta merda de vida hein, vai, quer saber de coisas, pronto, vou te dizer umas, sabia que o glorioso do seu pai me agredia quase toda noite por 3 anos, sabia que ele era viciado em drogas e que ficou nisso por mais de 5 anos, junto de nós, sabia, que ele tem uma amante quase da sua idade no trabalho dele?

Monique olha a mãe limpar as lágrimas no rosto enquanto continua a falar.

- Sabia que ele já quis vender essa casa por oito vezes para cobrir custos de drogas, sabia que eu já fui ao Paraná busca-lo or que ele havia desistido de tudo?

- Mãe.

- Pois é querida, seu pai não é e nunca será o herói desta vida, ele não passa de um covarde medíocre.

A mulher senta ali na poltrona e quando Monique senta ela se levanta vai ao quarto e retorna com um álbum.

- Pegue isso, já faz um bom tempo que eu deveria ter lhe entregue.

- O que é isso?

- Um segredo, agora não mais, isso é a sua história.

- Como assim?

- Olhe, eu não vou ficar chorando tampouco lamentando a término desse fracasso, graças, acabou e agora vou poder ser eu, você é e sempre será nossa filha, mais depois de ver isso vai ter perguntas e ai mesmo vai encontrar as respostas, eu vou para o hospital.

Ela sai pegando a sacola.

Monique ali sozinha, logo seu celular toca, ela atende, é Tânia que saira por deixar a amiga resolver suas pendências com a mãe a sós.

Yolanda anda de um aldo a outro ali no quarto do irmão, logo entra a profissional da noite, ela a cumprimenta e continua ali pensativa até baterem a porta.

- D. Yolanda.

- Sim.

- Tem alguém querendo ve-la.

- Deixe que entre.

- Ela quer falar com a senhora no saguão.

- Saguão, ela quem será essa criatura?

A moça sai e Yolanda pede atenção total ao irmão pela enfermeira e sai, assim que chega no térreo ali esta no sofá, Cláudia.

- De todos os trastes que eu imaginei, você é a última, fala logo criatura?

- Seu irmão esta melhor, acordou?

- O que você tem haver com isso?

- Eu, nada, mais sei de algo.

- Que algo, fala logo muleke.

- Falo, mais tudo tem seu preço.

- Digo, piranha nata, o que quer?

- Que me deixe em paz e rica.

- Como assim, fale logo?

- Por acaso, seu irmão quando acordou falou de uma filha?

Os olhos de Yolanda fixam em Cláudia.

- Como você sabe disso, o que você, sua criatura nojenta tem a ver com isso?

- Bem, eu, olha, me diz, quanto custa esta informação?

- Sua vida para começar.

- Ai, me deu medo, mais não, você é louca mais nem tanto.

- Sério, posso e vou destruir você e o querido Leonardo seu tio.

- Tá, faça isso e nunca saberá a origem de sua sobrinha.

- Vagabunda, como ousa querer me chantagear.

- Para, isso é só um mero negócio, onde eu quero e vou terminar linda e rica, ah, meu tio continuará trabalhando para você e sem qualquer ameaça, é isso ou nada.

Monique abre o álbum e fotos que nunca as vira ali, algumas das quais ela reconhece seu pai, mãe, lugares, mais logo tudo muda com a foto de uma mulher abraçada a seu pai, logo outra grávida.

- O que é isso, quem é essa mulher?

O celular dela toca, ela atende, novamente é Tânia querendo ir até lá.

- Não amiga, por favor eu quero e preciso ficar sozinha.

- Acho que não, por que eu já estou aqui na frente.

- Como?

Monique desliga e ao abrir a porta lá esta Tânia com uma mochila.

- Vim para dormir, não vou deixar minha melhor amiga sozinha, não vou mesmo.

ricoafz e IONE AZ
Enviado por ricoafz em 09/09/2023
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