Terçando... "Áhhh! Eu Tô Malucooo! Áhhh! Eu Tô Malucooo!"

Vou tentar repetir aqui uma pequena história que meu tio Renato sempre gostava de contar, quando juntamente com meus pais e irmãos, passava com ele alguns dias lá na fazenda dos meus avós na cidade de Valença, aqui no estado do Rio de Janeiro...

Ele costumava dizer que ali naquela cidade existia um rapaz 'muito bem apessoado', que trabalhava ajudando o seu pai em um bar que ficava ali nas cercanias da Faculdade de Medicina daquela cidade...

Dizia ele que este rapaz era muito conhecido como 'Chiquinho do Bar', e que um dia ele acabou se apaixonando perdidamente por uma linda jovem, que sempre costumava passar ali em frente ao bar da sua família quando ia para a faculdade de medicina, sendo que aquela jovem acabou correspondendo àqueles seus constantes galanteios e os dois acabaram iniciando um namoro...

Acontece que ela era filha de um dos mais ricos e poderosos fazendeiros daquela região, e naquela época nenhuma 'menina de família' podia namorar sem o consentimento de seus pais, o que o deixou muito apreensivo pelo fato dele ser apenas um pobre rapaz, mas que por estar muito apaixonado acabou tomando coragem e marcou o dia em que iria pedir consentimento aos seus pais...

E chegando dia marcado, logo assim que chegou até a enorme porta da mansão já foi atendido por uma serviçal que o estava aguardando e que o levou até um enorme salão, onde em torno de uma enorme e farta mesa estavam; além da sua jovem namorada, também os seus pais, assim como vários outros convidados que ali estavam vestidos à caráter para presenciar aquele tão esperado momento. Só que ao se ver ante aquela cena, e diante de todos aqueles olhares de expectativa a ele dirigidos ele sentiu que as suas pernas começaram a tremer, e juntamente com um frio na barriga ele sentiu que uma forte diarréia estava para acontecer ali naquele momento e que não conseguiria proferir nenhuma palavra antes de ir correndo para um banheiro...

E foi então que ele teve a seguinte idéia: "Vou dar um 'Bom Dia' a todos e dizer que antes de mais nada preciso ir ao banheiro, para lavar as mãos para poder cumprimentá-los devidamente; um-a-um". E antes que alguém pudesse dizer alguma coisa, ele pediu que a serviçal lhe disesse onde ficava banheiro, sendo informado que ele ficava no andar superior, logo ao fim da escadaria, à sua esquerda...

Ele subiu mais rápido que pôde aquela enorme escadaria, e logo que fechou a porta atrás de si já foi logo arriando as suas calças, ao mesmo tempo em que procurava visualizar o vaso sanitário. Mas qual não foi a sua surprêsa ao perceber que ali era apenas e tão somente um lavatório, onde existiam apenas tres pequenas pias com torneiras. Mas aquela sua situação era tão urgente que ele logo achou um jeito para resolver; ficando na ponta dos pés, virou o seu traseiro para a pia e descarregou ali toda aquela podridão que o estava torturando, sendo que o jato foi tão forte que emporcalhou até mesmo o espelho e parte da parede...

Fazer o quê? Agora vou ter que limpar tudo o mais rápido possivel. Pensou ele...

Só que ao perceber que ali não havia qualquer tipo de papel, ele pensou rápido: "Vou jogar água e lavar tudinho, já, já..." Mas quando abriu a torneira; cadê a água? E agora; fazer o que? Pensou ele...

E foi então que ele resolveu esfregar as duas mãos em toda aquela imundície, passou também uma grande quantidade daquilo naquela sua branquíssima e impecável camisa, e depois de ter emporcalhado também todo seu rosto com aquilo, descendo por aquela enorme escadaria em direção à rua, gritava aos quatro ventos para quem quisesse ouvir: "Áhhh! Eu Tô Malucooo!... Áhhh! Eu Tô Malucooo!..."