PERIGOS DA NOITE 10
- A questão não é o momento, sim as circunstâncias, você me ofendeu e muito.
Lídia entra na casa, Rodolfo vai até a varanda e senta frente a piscina, Felipe vem a ele.
- Por que?
- O que foi, vai continuar o que sua mãe deteve?
- Não pai, por que não me entregou para ela?
- Para quem, Yolanda, ela já o tem, tem a todos nós, mais eu sou seu pai e vou continuar sendo acredite nisso.
- E a mãe, vai ficar bem?
- Com certeza, que sim, ela conseguiu o que realmente queria, há anos.
Rodolfo sai da cadeira e tenta abraçar ao filho que sai dali em pressa.
- Aonde vai?
- Resolver algo.
- Não traga mais problemas, por favor.
- Sei, não o farei.
Felipe entra no carro e sai no caminho faz uma ligação e logo desliga seguindo.
Em trecho de estrada fora da área urbana, ele pára o carro, logo outro carro pára e deste desce Cláudia.
- Fique com o troco.
- Obrigado senhora.
A mulher paga ao motorista de app e segue para dentro do veiculo de Felipe.
- E ai gato, foi fabuloso tudo, viu como eu tinha razão?
- Vá se fuder vadia, conseguiu o que queria mais me tornou o alvo de tudo.
- Você já sabia disso, eu te falei, não o fez por engano.
- Você não presta.
- Você muito menos se fez até de inocente as tias que depois as tornou churrasquinho do além.
Claúdia tem seu pescoço preso a mão de Felipe e ali já inicia um debater e algumas palavras em pedido que a solte até o homem a liberar.
- Sua tranqueira, não te quero mais perto de mim.
- O que foi, não me diz que foi arrependimento, eu não vou acreditar?
Rodolfo estica o corpo e abre a porta por dentro do lado de Claúdia.
- Sai daqui.
- Ficou louco, vai me deixar neste lugar sozinha?
- Sai ou não respondo por mim.
Ela sai xingando ele e dá alguns passos até ouvir o barulho do motor e o carro segue.
- Covarde, cretino, vagabundo, covarde. Ela grita com toda força para ele já de longe o carro some em uma curva.
- E agora o que eu faço aqui nesta escuridão?
Com o celular ela pede outro carro e 15 minutos após esta já dentro do veiculo seguindo para um bar onde afoga tudo aquilo em vodkas e cachaça.
Monique chega em casa e recebe da mãe 3 boletos de contas.
- O que é isso?
- As contas, as primeiras do mês.
- Mais e o pai, eu não ganho tanto?
- Tem que pagar, o carro do seu pai deu pau.
- De novo, já falei para ele que faça a compra de um mais novo.
- Ficou louca e daí vivessemos de quê e no quê, dentro do carro.
- E o Jean?
- Saiu com a namorada, o que tem ele?
- Mãe, ele mora aqui, tem de ajudar.
- Ah, é mesmo, você não sabia, ele sempre ajudou, sabe as misturas que come do meio ao fim do mês, ele que coloca aqui.
- Nossa, eu não sabia.
- Por que nunca para aqui, nunca procura falar com ele, sabia, ele é o mais próximo de um irmão para ti, é seu primo.
- Estranho né mãe, ele ser meu primo, ele nem traz um sobrenome de nossa família, traço, nada?
- Cale a boca, já lhe falei, respeite ele e pronto.
- Tudo bem, amanhã eu pago isso tudo.
- Tomara que sim, vá se arrumar logo colocarei a janta.
- Vou para a faculdade.
- Disse que não ia, cedo.
- Resolvi ir.
Monique termina de se arrumar e sai do quarto com a bolsa nos ombros, passa pela cozinha se despedindo da mãe, ao abrir o portão ela vê ali sentado na calçada, Jean.
- Oi prima.
- E ai Jean, tudo bem?
- Eu ouvi sua conversa com a tia.
- Sei, o que tem, eu sempre brigo com ela.
- Quer mesmo saber se sou seu primo ou não?
- Por que Jean, tanto faz me desculpe é isso, você nem faz idéia dos últimos acontecimentos e de tudo que se passa em minha cabeça.
- Fala de sua amiga Cláudia?
- O que tem ela, peraí Jean, como você sabe da Cláudia?
- Olha, não é só você que tem segredos, eu também tenho os meus.
- Segredos?
- Olhe, só vou te dizer uma vez mais, sai fora dessa Cláudia, ela não presta.
- Eu nem conheço ela assim.
- Só te digo isso, você pode até pensar que ela possa ser sua amiga, mais não, ela nunca vai ser.
- Eu estou atrasada, tenho que ir para facul, quando eu chegar quero falar com você.
- Não precisa, só se afaste dela.
- Sei, depois a gente conversa.
- Vai logo, vai acabar perdendo sua aula.
- Fui.
Monique sai ás pressas, Jean olha a prima dobrar a esquina e tira o celular do bolso fazendo uma ligação.
- Oi, o que você quer, já te disse que não quero mais papo contigo.
- O que foi gato, sabe que eu preciso e muito de você, todinho aqui, comigo.
- Estou indo ai.
- Vem logo meu touro bravo.
Jean desliga e sai da calçada entrando na casa, poucos minutos e sai em outra roupa, entra num carro que pedira por app.
Yolanda olha para Bent que termina alguns assuntos inadiáveis da empresa.
- Teminou?
- Agora sim, dona Yolanda, deseja algo?
- Quero que faça algo para aquele garoto.
- O Felipe?
- Sim, dê um jeito dele receber um susto de leve.
- Como assim?
- Deixe de ser bobo Bent, todos estes anos comigo e ainda não sabe estratejar algo com essa sua mente contábil?
- Sim senhora, eu farei.
- Pronto, por ora, só isso e ao sair deixe o aviso de não incomodar.
- Sim chefe.
Bent sai dali e após uma hora, toca o interfone, Yolanda atende autorizando a entrada.
- Quer dizer que a agência tem melhorado seus produtos.
- Olá madame, a seu dispor.
- Sim você esta, gostei disso, quantos anos?
- 18.
- Bebe?
- Não.
- Vem logo, vamos para o quarto, quero ver se esta pronto e esperto por completo.
- Sim madame.
A mulher indica a pista e o rapaz entra para o quarto e ela atrás, logo ele tira a roupa ficando de boxer preta diante dela.
- Seja rápido e preciso, odeio amadores.
Yolanda sai do quarto indo para a cama onde serve um drink, do espelho grande no corredor, ela vê o homem seguir nú para a ducha logo ele sai do quarto vestido.
- Gostou madame?
- Chega de propagandas, já lhe passei o valor?
- Sim.
- A porta, você sabe onde fica?
- Obrigado por usar nossos serviços.
- Adeus.
O homem sai enquanto ela serve o último gole de sua bebida e logo seu celular dá sinal, ela olha a mensagem.
- Que bom, foi feito, tomara que bem feito.
Felipe sai do bar e entra no carro ali segue pelas ruas dos bairros até chegar na avenida principal ele para frente a um bar bem frequentado pelos jovens e já de cara fica impressionado com a beleza de uma morena.
- Posso saber o nome da flor?
- Luana, por quê?
- Sou Felipe, seu servo.
- Nossa, bem confiante, nem perguntei seu nome.
- tá eu sei. Minutos depois eles estão na outra esquina atrás de uma parede ele segura a mulher que sente todo ele nela e geme, do nada sente um forte ardor do lado direito, ele acabará de receber uma lâmina deste lado.
- Filha da puta.
- Agora sai de mim.
A mulher o empurra derrubando o cara e ainda o chuta saindo dali se mistura a tantos por ali, Felipe sente aquela dor lhe dominar até que vai fechando os olhos, nisso um casal que decide ir para ali por algum momento ínitmo se depara com o rapaz caído e grita por ajuda, minutos depois a policia o resgata ali.
Jean sai da cama vestindo a calça e colocando a camiseta, ali a olha-lo Tânia observa roçando sua língua aos lábios.
- Esta ficando bem melhor.
- Sai de perto da Monique.
- O que foi, somos melhores amigos, esqueceu?
- O que eu sei é que você é, igual aquela outra, a Cláudia.
- Fala isso só por que já teve a nós duas.
- Não me faça ser o pior.
- Que pior, Jean, você não é menos que nós, se brincar é igual, um golpista.
- Que golpe, ficou louca mulher?
- Você sai com coroas por grana, esqueceu.
- Faço isso para garantir meu teto, minha tia não é obrigada a.........
Tânia cai na risada ao ouvir aquilo.
- Para, que tia pilantra, a mãe da Monique foi tua cliente, eu sei de tudo, você já me contou, esqueceu, até que o velho dela não teve mais grana e como ele é tão imbecil que engliu a estória que ela contou para ele de seu parentesco.
- Cale a boca, deixe minha vida em paz.
- Que vida cara, você é um michê falido que foi parar num açougue, sai á noite com as coroas de pensão minima, mora de encosto na casa da minha amiga, por que pega a mãe dela de vez em quando para pagar o suposto aluguel, vai diz que é mentira, canalha gostoso?
Jean coloca o tênis sem olhar para ela.
- Só quero que diga para aquela sem noção da Cláudia, se ela fizer algo de ruim para a Monique, eu mato ela.
- Olha se continuar atuando assim vou até pensar que esta ficando afim da Monique, só te aviso, ai vai dar maior problema viu.
A mulher ai termina em gargalhadas, Jean sai deixando a porta aberta daquele quarto de hotel barato.