Nem me falem em Coelhinho da Índia
Falando em bichos, minha filha tinha um coelho branco. Um belo dia, ele começou a passar mal. Vendo-a chorando, corri para o veterinário. Lá chegando, o médico, com paciência, começou a colocar o jaleco, e eu disse-lhe: "Venha logo... ele está morrendo." Parecia que o médico não tinha pressa, e com o estetoscópio aproximou do bicho, olhou e disse: "Morreu!" E agora, minha filha? – perguntei. "Passe numa loja, compre outro e não será difícil, pois ele é branco." – respondeu o veterinário. Não deu outra, comprei um e levei para casa. Ufa! Ufa, que nada! Dois dias depois, ironia do destino – a mesma coisa. Coelho passando mal. Eu correndo para o veterinário. O mesmo médico, naquela paciência, diagnosticou: "MORREU!" Comprei outro coelho e não tinha um branco, levei um com uma pequena listra. Ao chegar em casa... "Esse coelho não é o meu!" – falou minha filha. Tentando resolver o problema do coelho, inventei uma história qualquer e comprei um periquito, e ela gostou. Que maravilha! Tudo resolvido. No dia seguinte, minha mulher me disse: "O periquito fugiu da gaiola!" - Meu Deus, e agora?! – pensei. Minha filha chegou da escola e chorou muito. Meu argumento foi de que ele teria de ficar na natureza e, graças a todos os santos, convenceu. Ainda bem que ela não viu o pior. Quando peguei a gaiola para dar a alguém, um susto: "Pendurado, enforcado, lá estava o periquito no fundo da gaiola!”