E não é que o Sagui ressuscitou?
Morávamos numa casa na Prainha em Vila Velha. Pelo quintal e até na rua apareciam muitos macaquinhos – saguis, que vinham do morro do convento da Penha. Um belo dia minha filha entrou correndo em casa, gritando: - Papai, o macaquinho tomou um choque no fio e caiu. Salve ele!!!! Na hora peguei o bicho e estava mais duro que uma pedra. Em outras palavras, mortinho da Silva! Minha filha continuou: Faça alguma coisa! Sem saber o que fazer e vendo minha filha aos prantos, e para não passar em branco, comecei a fazer massagem cardíaca no peito do macaco, aliás, nem sei se apertava o seu coração. Aperta que aperta e nada que o macaco voltava. Já cansado, tentei argumentar com minha filha, mas ela falava: - Você acredita em Deus? Respondi: Sim amor. Então o salve! Para não passar por um herege, continuei a massagem. Após uns 15 minutos, coloquei o macaquinho ao lado e falei para minha filha ir brincar que ele estava descansando. E não é que ela acreditou e saiu para brincar. Enfim, fiquei pensado como iria arrumar um macaco naquele momento. Liguei para várias lojas e todas me disseram que não podiam vender macacos. Bem, deixei o macaco na mesa e fui tomar água. Quando voltei, plasmem! O bicho estava pulando meio tonto na mesa. Ah...não deu outro! Gritei: - Filha, filha, venha aqui! Ela chegou correndo e vendo o macaquinho vivo, disse: - Tá vendo, pai, quem acredita em Deus pode tudo. Emendei: - Mas vamos levá-lo a um Veterinário para saber como ele está. Lá chegando o médico fez várias perguntas e respondeu: - É o senhor deveria ser socorrista do SMU! Salvou o macaco! Mas vamos deixá-lo aqui até amanhã para ver como se comporta. Enfim, no dia seguinte...salve Jesus! O sagui estava mais vivo do que eu! Final da história: - Levamos a gaiola até o convento e lá ele deu o fora. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, deus que livre de tanta trapalhada.