Conto de Natal.
Acredito até hoje em Papai-Noel.
Quando criança, colocava uma meia que minha mãe fez de pano vermelho - como durou esta meia - pendurada no gancho que segurava a minha rede - sou nordestino. O bom de tudo é que no dia de natal, sempre tinha um presente dentro da meia. Então, por que não acreditar em Papai-Noel?
Hoje, com 44 anos, sou pai de uma garotinha que completará três anos no próximo dia 28. A história que contarei - verídica, palavra de honra - aconteceu no domingo passado.
Criei toda uma atmosfera favorável ao Papai-Noel para que a minha Rebecca - esse é o nome dela, com dois "cês" -, acreditasse que o bom velhinho estaria em um shopping center da cidade ouvindo os pedidos de presentes da criançada e que ela poderia também fazer o seu pedido. Disse a ela também que no dia de natal, ele com sua "trupe", montado em um trenó puxado por renas - ela teima que são cavalinhos -, deixaria na meia vermelha pendurada na cabeceira da sua cama o presente que ela pediu.
Botamos uma roupa linda nela, com vestido vermelho e sapatinho branco. Partimos para o shopping, acompanhados da minha esposa. Enquanto a mãezinha comprava os presentes de natal, fui ao local onde estava o Papai-Noel. Chegando lá, que decepção: O bom velhinho ainda não tinha chegado.
Expliquei para ela que ele estava prestes a chegar. De repente, lá vinha o Papai-Noel acompanhado de um duende, caminhando bem devagar para a sua poltrona vermelha. Ela quando viu, não fez nenhum ar de alegria, apenas disse:
- Papai, o Papai-Noel está cansado.
- Claro meu amor, ele veio de longe, lá do pólo norte.
- Veio não papai, ele acabou de sair do banheiro.
Juro que foi assim.