REMINISCÊNCIAS JUNINAS
Um quilo de fruta, de preferência madura, para meio quilo de açúcar. Era assim que mamãe me ensinava a fazer um doce, no tacho de cobre, sobre o fogão, onde era mexido com colher de pau. E ainda enfatizava que eu só apagasse o fogo e desse o dito doce por pronto quando pudesse ver o fundo da panela. Isso era o que chamava de doce “bem apurado”, sem água no fundo da vasilha. Seguir esses preceitos era, dizia ela, importante para que ele pudesse ser guardado por algum tempo e não criar bolor. Este fato me veio à memória hoje, enquanto mexia um doce de abóbora que fazia.
Foram lições muito importantes. Conservo e sigo esses ensinamentos sempre. Entendo que passar esses conhecimentos práticos a outras gerações é coisa de muita valia. Procuro fazer isso também.
Meu doce de abóbora, um dos que não pode faltar nas festas juninas, ficou ótimo. Antes de desligar o fogo, acrescentei um pau de canela e alguns cravinhos...
Agora vamos à degustação! Que tal acompanhada de uma caneca de quentão?