MÃOS NEGRAS 5

Rose desceu do carro com aquele seu silêncio peculiar, Ronaldo parou o carro no devido lugar, desligou o motor e fechou a porta foi até a garota e tentou segurar sua mão.

- Se esquece que já estamos no trabalho, não quero problemas ouviu?

- Só não quero que fique assim, nervosa.

- Nervosa com o quê Ronaldo, por ter visto você com outra no pagode, por descobrir que é pai de uma menina de 7 anos, por ter enganado a mãe dela e ter vindo para cá sem nem ao menos sua mãe saber?

- Sou um monstro né, mais saiba que tudo tem uma explicação.

- Deixe para suas conquistas de pagode.

- Olha só vou até ao escritório falar com o doutor, te procuro lá no quartinho.

- Vá se catar, não quero mais ver você além do serviço, nem ouve bater na porta do meu quarto eu grito.

- Tudo bem, Rose.

Deixara tudo para trás a quase 7 anos quando soube que era pai, pegou pou quissimas roupas colocou numa sacola de uma famosa loja popular e pronto, na rodoviária de Dourados Mato Grosso do Sul ele conseguiu o dinheiro vendendo o seu relógio, óculos, tênis de dois dias de uso, pronto, no ônibus ele decidiu vou fazer a vida, crescer e esquecer isso tudo, engolindo o choro por saber que aquilo não era o certo nunca, jamais.

- Doutor.

- Oi Ronaldo, trouxe a Rose?

- Sim doutor, vou descansar se não for...........

- Claro, obrigado por ter ido.

- Oras doutor, eu sei o quanto nos quer bem, a todos.

- Sim Ronaldo, no passado fui como tantos patrões, gélido, mau, só ganhei desabonos.

- Doutor.

- Pode ir, vou terminar aqui, tenho mais uns documentos, boa noite.

- Boa noite doutor.

Ronaldo sai e no caminho pela lavanderia olha a porta do quarto de Rose, quase vai até a mesma mais se lembra de tudo que fora falado, ele ali no pagode e ela indo com ele para o carrinho de dog quando surge ali na frente deles, Telma, a grande amiga da mãe de sua filha Inês.

Tudo ali jogado e Telma cospe no chão e diz para Rose sobre seu ódio e sai, Ronaldo olha para Rose que só balança a cabeça e sai em direção ao estacionamento.

Ainda limpando as lágrimas ele tira a roupa de motorista, guarda no armário e só de cueca anda de um lado a outro até parar na janela onde vê a uns 10 metros a porta do quarto de Rose.

- Por que fui mentir para você?

- Mentir para quem?

- Janete.

- Oi gostosão.

- O que faz aqui, não foi para Campinas, visitar sua vó?

- Já fui e já voltei agora quero meu nego aqui comigo.

- Como entrou no meu quarto?

- Sabe que sei de todas as chaves, vem logo, gato.

- Sai daqui.

- Por quê?

- Por que eu quero ficar só.

- O que foi Ronaldo, acha mesmo que aquela seca vai te perdoar.

- Perdoar o quê, nem sabe o que diz?

- Sei sim, para estar todo triste a olhar pela janela para o quarto da seca, fez merda.

- E se fiz, o que você tem haver?

- Eu, nada, só quero que fique tranquilo aqui comigo.

- Vai, vai logo, retorne para o quarto.

- Se eu entrar naquele quarto, sua seca vai desconfiar, bobinho.

- E então?

- Vou ficar aqui.

- Pois fique, fique onde quiser.

Ronaldo veste o pijama e senta na poltrona, logo pega no sono.

- Filho da puta, ama mesmo aquela seca dos infernos.

210423..............

Com os primeiros raios, Rose e Janete já preparam o café para o dr Rubens, advogado e dono de uma fábrica de embalagem.

- Bom dia Rose, Janete.

- Bom dia dr.

- Será que o Ronaldo ja esta de pé?

- Sim dr, esta limpando o carro.

- Sempre com tanto cuido, gosto muito deste rapaz.

Janete sorri ao patrão enquanto lhe serve o café puro, torradas, geléia de frutas e meio papaya.

- Obrigado.

- Se divertiu muito Rose?

- Sim dr, obrigado.

- E o Ronaldo, foi gentil quando lhe buscou?

- Sim dr, obrigado.

- Olhe se puder preparem aquele arroz temperado e a carne de porco de panela que a Janete faz, amo.

- Opa pode deixar dr.

Rubens termina o café e se despede deixando Janete a tirar a mesa enquanto Rose vai lavar as roupas do dr que necessita mais cuidados sem uso da máquina lava e seca.

Do outro lado do bairro elegante, Sabrine termina o seu cuido matinal da face com produtos cosméticos, todos vindo da famosa europa.

- Dona Sabrine.

- O que foi Laiza?

- O doutor chegou.

- Diga que eu já desço.

- Tem mais uma coisa.

- O quê?

- Sobre o salário do mês passado é que..........

- Já disse, odeio que me cobrem, vou resolver isso ainda hoje.

- O jardineiro e o motorista estão querendo saber e..........

- Resolva com eles Laiza, afinal deixei com você o talão de cheques.

- Já foram usados no mês retrasado.

- O que quer de mim Laiza, que saia daqui nua até o banco.

- Me desculpe senhora, vou falar com o doutor.

- Vá, vá logo.

Sabrine termina ali de se aprontar, na sala a funcionária diz ao doutor que espere enquanto serve café com biscoitos de manteiga.

Sabrine desce para a sala e logo recebe um beijo no rosto por dr Rubens, eles saem dali, deixando Laiza ali de ouvidos e olhos abertos.

- Tomara que essa mulher decida logo por resolver esse pagamento afinal nem relógio trabalha de graça.

Giovana tira chave da moto ali frente a mansão do doutor, ela aciona a campainha, logo Janete vem ao portão.

- O dr Rubens esta?

- Foi trabalhar.

- Será que esta na fábrica?

- Acho que sim, na verdade ele não disse.

- Vou até lá.

- Quer deixar algum recado?

- Não, obrigada.

Rose esta a limpar os quartos quando Janete entra ali.

- Aquela mulher que esteve no último jantar do dr estava lá no portão.

- O que ela queria?

- Falar com o dr.

- Disse que ele já saiu?

- Lógico, acha que sou alguma tonta.

- Bem vou cuidar da minha parte para o almoço.

- Sei, que é ficar de boa o resto do dia.

- Problema.

- Sei lá,, fui. Risos.

Sabrine assina os documentos de transferência escritural, terminara de vender as 4 propriedades que possuia, na verdade sua situação financeira esta ruindo, agora só lhe resta a mansão que mora e uma chácara a duas cidades dali, só que esta tem impedimento judicial.

210423.................

LÍDIA OUVE A MÚSICA PREDILETA DO CASAL, LOGO VEM A LEMBRANÇA DO NAMORO, BEIJOS, AMASSOS, transas apaixonantes naquele sofá surrado da casa da tia Léa.

- Um centavo pelo seu pensamento.

- Falou certo, por que é o máximo que aquele crápula merece, um centavo.

- Oi.

- Nada tia, só ouvindo uma música e recordando algo que deveria ser muito bom.

- O Ricardo, não pensa naquele traste, olha a vida é enorme, há um balcão de oportunidades ai na sua frente.

- Tia.

- O quê?

- Joga as cartas.

- Você não acredita, diz que é ilusão.

- Acho que quero ser iludida.

- Olha, querida, sou tia, te amo de paixão mais não gosto quando diz essas coisas, sabe, é minha fé.

- Desculpa tia.

- Sei, vou abrir essa exceção.

- Oba.

Mesa limpa, toalha vermelha rendada, a vela acesa e a imagem de Santa Sara ali no oratório.

- Com sua licença minha Santa Sara.

Ela embaralha as cartas e diz para Lídia que pegue 8, depois 9, ao fim 3.

- Por que estes números tia?

- Quando firmo meu pensamento vem os números do plano astral.

- Posso jogar?

- Fique quieta.

- Vejo muita luz, alegria, um trabalho, diversão mais tem seu lado em pedras.

- O quê tia?

- Nada, deixe que isso eu falo com minha Santa.

- Quero saber tia.

- Olha, tem um rapaz chegando.

- O quê?

- Pois é, sua vida vai dar um giro mais..........

- Mais o quê tia?

- Deixe para lá.

- O que tia?

Léa revela as últimas 5 cartas e olha com certo susto para as 2 últimas.

- O que foi tia?

- Filha, vai arrumar os quartos, logo os rapazes chegam da faculdade e não quero...........

- Tia.

- Vai por favor Lídia.

Lídia sai meio em bronca por não saber o que aquelas cartas revelaram, Léa guarda estas rapidamente no envelope e coloca na gaveta do guarda louça a única com chaves, retira a toalha e deixa em cima da cristaleira dobrada.

- Dona Léa.

- Célio, que bom, a aula foi boa?

- Sim, hoje tivemos noções de concretagem.

- Isso mesmo garoto, se esforce viu, sabe do que já lhe disse, vejo um futuro formidável para ti.

- Obrigado dona Léa.

- Nada querido, só digo o que minha Santa ordena.

- E para mim Léa?

A mulher olha ali na porta, Igor, o segundo estudante que batera a sua porta num dia chuvoso a procura de um quarto para alugar.

- Me respeite garoto, não lhe dei tal ousadia, tenha respeito viu.

- O que foi dona Léa, só brinquei, mais diz ai, o que o futuro de suas cartas me reservam?

- O normal, só o normal.

- Quer dizer que vou ser comum, então acho que devo parar o curso de direito?

- Não, lhe será muito útil.

- O que quer dizer com isso?

- Vão se arrumar, logo o almoço estará pronto.

O rapaz olha para ela com certa raiva, Léa não se abate e lhe sorri saindo da sala.

Poucos minutos e logo chegam, Murilo, Aldo, Reginaldo e Lucas.

Viúva há 5 anos, Léa decidira por alugar 3 quartos que tinha vagos em sua casa, ficando ela e Lídia na suíte que fora do casal.

Almoço na mesa, arroz, salada de tomates, costelinha de porco, feijão, sobra de polenta.

- Deus abençõe essa refeição.

Todos comem ali em silêncio até que.

- Acho que vou até a banca de churros preciso me alimentar de gordura.

- Pare com isso Igor, a comida esta ótima.

Murilo repreende ali o colega de quarto, Léa só olha de soslaio e retorna a comer, Lídia por vez sorri dos gracejos e piadinhas que Igor e Aldo soltam ali até.

- Eu peço, por favor, tenham mais respeito com essa hora sagrada, por favor.

- Acho que se esquece, nós pagamos dona Léa.

- É isso então, seu Igor, pode arrumar suas coisas, já deu, basta.

- O quê?

- O sr nunca respeita nada por aqui, sempre em gracejos, piadas, olhares infames, chega.

Todos olham para Igor que cai na gargalhada olhando com aquele ar de deboche para a senhoria.

Minutos depois, malas prontas e Igor ali ao pé da porta, na sala, olha para os colegas.

- Não vão dizer nada, acham certo o que ela esta fazendo comigo?

- Vai logo Igor, depois a gente conversa com ela.

- Para onde, sabe que pago adiantado, não tenho dinheiro.

Lucas vem até ele e lhe entrega uma certa quantia.

- O que é isso, não estou para esmolas?

- É o que pagou para este mês, dona Léa pediu que te entregasse.

- Não, não, eu quero falar com ela.

- Por favor, vai, tem um hotel a 3 ruas daqui, falei com o dono, ele vai te fazer um desconto bom por mês.

- Até você Reginaldo, é isso?

- Por favor Igor, a gente vai falar com ela mais agora não.

O rapaz guarda o dinheiro no bolso da calça, pega as malas e sai, Lídia lhe abre a porta.

Na suíte, Léa olha para o espelho ali da penteadeira, seus olhos vão formando as lágrimas que rolam.

- Eu não poderia ter feito, aquele menino por ai, pai, me perdoe, mais sou fraca, não podia também deixar que me afrontasse.

Lídia entra trazendo chá e bolachas.

- Aqui tia, para a senhora.

- Obrigada querida.

- Não fique assim, fez o certo.

- Você acha, olha eu não queria, mais ele estava pertubando toda a casa.

- Eu sei tia, acho que faria o mesmo.

- Faria?

- Provavelmente.

Dias depois e tudo ali na normalidade, Lídia auxília Léa na limpeza das roupas dos rapazes, que pagam uma mixaria a mais para Léa além de dar os produtos necessários.

- Nossa tia, ficou bem branco.

- É por que estou usando aquele produto rosa da tv.

- Deve não, é bom mesmo. Risos.

O celular de Lídia dá sinal sonoro de mensagem ela pega o aparelho no bolso do avental de plástico.

- tia.

- Oi querida.

- Me chamaram, eu consegui, vou trabalhar no restaurante, naquele chique.

- Ai que bom querida, não te disse, as cartas são fiéis.

- Obrigado tia.

Com a ida de Lídia para este trabalho, Léa contrata uma jovem, negra de feições contente, sorriso largo, Karina seu nome e esta em seus 23 anos.

- E então Karina, esta gostando do batidão?

- Amando, sabe, trablhar aqui é bom demais.

- Que bom menina, olha você gosta de Cartas?

- Cartas, bem, dona Léa eu não tenho lá tanta leitura assim viu.

- Não querida, digo de cartomancia, ler baralhos, eu leio sabia?

- Me contaram lá no bairro quando eu disse que ia trabalhar aqui?

- Te falaram que sou bruxa?

- Olha dona Léa, o que sei é que a senhora tem um coração enorme e não arranca o couro da gente.

- Eita mulher direta, tá ai, gostei demais disso.

Mais não foi Léa que gostou da nova funcionária, Reginaldo logo que a viu, encheu o peito e começou a dedilhar canções românticas em seu violão para a moça ali.

- Nossa você canta tão bem, muito bom rapaz.

- Sabe, vamos fazer o seguinte, sábado vou tocar no bar do grilo, será minha convidada.

- Não posso.

- Por que?

- Tenho filho, nos fins de semana eu fico para ele.

- Sério, você é mãe, não acredito.

- Bem, na realidade, ele é meu sobrinho, minha irmã teve problema no coração e morreu, o pai sumiu para o Acre e eu fiquei com a criança.

- Mais trabalha aqui.

- Saio ás 7 e fico com ele, venho para cá quase as 8 trabalho e de noite cuido dele.

- Por que não pede para ficar aqui com a dona Léa?

- Não, moro num quarto na casa do meu vô.

- Vô?

- Sim, ele é meu vô de consideração, na verdade ele é meio que chefe social da vila.

- Quer dizer um líder comunitário?

- Isso e mais um pouco.

- Como assim?

- O velho Dalmas é um pai de santo, filho de ogum, homem forte, esta quase aos 80 anos e sabe de tanta coisa, o povo chama ele de bi blioteca da mata.

- Biblioteca da mata, por quê?

- Sabe tudo que é erva, das boas que saram e das que matam também.

- Nossa, um curandeiro?

- Quase isso.

- Então você é do terreiro dele?

- Roça, cadomblé não tem terreiro, é roça.

- VoCÊ É FONTE DE LUZ SABIA?

- Obrigado mais olhe ainda tenho outros quartos e a jjanta pra fazer.

- Falou.

- Falou.

Ela sai ali e Léa a saúda pelo bom trabalho, a mulher sorri e segue com a limpeza e o cuido, na suíte Léa acende uma vela diante a Santa Sara.

- Uma filha de santo, aqui, qual é o sinal minha mãe, é confiável?

Meses depois, saindo do serviço Lídia vê ali cambaleando um homem na esquina do seu trabalho.

- Meu Deus, o que pode ser isso, parece um cara novo, só isso que o maldito álcool faz.

Ela vai seguindo o caminho até ver que o homem cambaleia e cai, ela vai até ele.

- Senhor, sr, esta bem?

- O quê, não. O homem perde os sentidos, cheirando mau ele o reconhece, é Igor, o inquilino, ex inquilino de sua tia, ela liga ao SaMU.

- O quê?

- Tô te dizendo tia, seu ex inquilino, é ele.

Léa desliga o celular e segue até a suíte logo saindo em outras roupas.

- Vai sair dona Léa?

- Olhe cuide de tudo Karina, tenho que ir ao hospital.

- O que houve, esta bem?

- Não, não é nada comigo, me faça um favor dê este bilhete aos rapazes.

- Sim dona Léa.

Ela sai ás pressas dali, minutos depois vão chegando os rapazes e Karina entrega o bilhete a Murilo.

- Pessoal, o Igor?

- O que tem ele?

- Esta no hospital, dona Léa foi para lá.

- Vamos então.

- Sim.

Eles vão deixando as pastas e bolsas ali no sofá da sala, rapidamente Reginaldo explica a situação para Karina que diz, irá pedir a proteção de seus orixás ao leito do rapaz.

No hospital, Igor é examinado, o doutor ali no plantão decide por opera-lo devido ao tombo houve um coágulo na região da nuca, Murilo liga para os pais de Igor e só então descobre-se que sua mãe é que o banca devido a morte repentina do país há 8 anos.

- O que ela disse?

- Que tudo bem, ela vindo para cá.

- Ai que bom, ele vai ser salvo.

Léa vibra ao saber aquilo, a operação é feita e demora mais de 4 horas, agora o rapaz é colocado na UTI, logo pela manhã chega uma mulher loira, alta de meia idade.

- São os amigos do Igor?

- Sim, morávamos na mesma pensão e...........

- Como assim, onde ele mora agora?

Léa toma a dianteira e explica a situação, o dr vem e autoriza a entrada de Sofia, uma mulher que não faz questão de mostrar sua forte personalidade aliada ao desprezo peculiar ao próximo.

- Nossa, essa mulher é um monstro.

- Eu sabia, que tinha de ser de berço.

Todos ali expressam suas opiniões diante aquela mulher que entrara na UTI, minutos depois ela retorna ao choro.

- O que houve?

- Ver meu filho ali, eu não consigo entender, tão jovem, bonito, de boa família.

- Ás vezes o dinheiro só não basta.

- O que quer dizer, saiba que vou consultar meus advogados sobre essa expulsão de sua pensão.

- Só deveria ter sido mais mãe, ás vezes, é o melhor.

- O que quer dizer, não vou tolerar isso de uma mulher tão, gentinha.

Os rapazes entram ali e logo o pessoal do hospital intervém, Sofia é levada a uma outra sala, onde é visível que o tratamento para ela é dos melhores.

- Por isso que o filho é o que é.

- Bem, já fizemos nossas parte, eu vou embora.

- Nós também.

Lídia olha para eles.

- Eu vou ficar mais um pouco. A tia vai até ela.

- Não se iluda querida, aquele homem até quando se recuperar, não vai lhe ser grato por nada.

- Eu sei tia, só quero entende-lo melhor.

- Já vi isso muito, várias vezes, lembra que te disse quando li as cartas?

- O quê?

- Você já esta no caminho do ouro, mais terá seuas cruzes, acho, não, tenho certeza, ali esta sua primeira, esta preparada?

- Tia. A mulher olha para Lídia e sai.

- Acho que sim, boa sorte sobrinha.

Todos já fora do hospital, Murilo pede um carro e ele, Aldo e Léa entram, porém ela ao entrar olha para a frente do hospital ali ela vê na entrada Ogum, Nanã, Exú.

- Mais quem são aqueles?

- O quê dona Léa, quem?

Léa entende a situação e desconversa, o carro segue para a pensão, os outros rapazes vão para a biblioteca fazerem alguns trabalhos de facul.

Na pensão, Léa conta para Karina tudo o que acontecera, a funcionária esta a preparar ao almoço até que Léa diz dos 3 que vira na frente do hospital.

- Nossa dona Léa, a senhora presenciou 3 orixás.

- O quê?

- Os nossos santos, sagrados na raiz afro, a senhora viu Ogum, Nanã, Exú.

- Isso é bom, filha?

ricoafz e IONE AZ
Enviado por ricoafz em 22/05/2023
Código do texto: T7794641
Classificação de conteúdo: seguro