Novamente, é nós por nós 2
É nós por nós
Mais um dia que começou e mal sabíamos o que viveríamos. Estava claro, contudo, que este seria um dia longo e com muitas histórias.
As mesmas que se repetem na vida de moradores de comunidades...
As operações policiais nas favelas da Maré vêm se sofisticando da forma mais cruel possível ao longo do tempo.
Hoje percebemos que a falta de responsabilização sobre os atos dos profissionais do aparato da segurança pública, no momento de uma operação policial, é algo que não diz respeito a ninguém ou nenhuma instituição.
A população sempre é desacreditada em seus relatos.
Os direitos que existem lá fora como mandatos de busca e apreensão aqui dentro das comunidades são inexistentes.
Não apenas invadem nossas residências como as nossas privacidades.
Violam, quebram agridem e roubam.
Pasmem, os que são pagos para proteger e defender , nos roubam.
Destroem sonhos.
Quando armas são disparadas, e a vida de muito são roubados Jovens e crianças, o direito a vida, quando uma bala perdida as encontram.
Somos sim vítimas de uma sociedade que nos subjugam.
De governos que por anos nos ignoram.
Vivemos a margem da maldade.
Quando a cor da pele nos condena.
Quando morar em comunidade nos definem como Supostos marginais.
Entendemos que certos tipo de operações se fazem necessárias.
E a diminuição dela também fazem menos vítimas e menos estragos. Não morre nem inocentes e nem agentes de segurança.
Pessoas supostamente do lado errado da lei , são devidamente detidos.
E assim todos ficam em paz.
Com o coração tranquilo na esperança que ao acordar no dia seguinte. Não seja ao som da bala comendo.
Vania Araujo
RJ , 13/03/23