Era bela, muito bela, estonteantemente bela. Diferente das outras jovens, procurava na beleza interior que também possuía, a felicidade e a alegria.

Fiquei fascinado quando a conheci. Havia sido numa corrida de fim de semana. Éramos dois atletas amadores buscando qualidade de vida.

Corríamos lado a lado pela pista estreita de atletismo do parque municipal. Passos rápidos e firmes sincronizados, numa respiração ritmada dos Kalenjins do Quênia.

Em meio  tantas voltas decidi puxar conversa sobre treinos e coisa e tal.

Logo um dialogo foi estabelecido. Início, objetivo, pace... Uma pausa para água... estava hipnotizado por aquela jovem, de beleza rara e inteligência ímpar.

Trocamos contatos no intuito que treinaríamos juntos outras vezes e em breve.

Três semanas se passaram onde não nos falamos, De repente recebo uma mensagem de Twitter; era ela!

Ela havia viajado com seu esposo à Europa a trabalho e eu fiquei jocoso, só pensando nela.

Seu retorno por mim aguardado na academia em que ela treinava. Decidi treinar lá também.

Naquele dia ela estava mais bela que a Bella Dona de Warhol. Convidei-a pós-treino para um café. Interação, sorrisos, performance, viagem, até outro convite. Queria me mostrar a medalha da corrida internacional que havia feito recente na Itália. Estava no carro no estacionamento. Descemos pela escadaria. Sentia seu aroma inebriante e sedutor de mulher.

Adentramos no carro e ali com ou sem medalha nos beijamos institivamente. Sem perdermos tempo nos despimos, nos agarramos, nos comemos, nos fartamos e por fim, nos extasiamos. Tudo muito rápido e frenético.

Nesse ínterim o celular dela toca; era seu querido marido, avisando-lhe que havia uma surpresa para ela e estava próximo à academia para presenteá-la. Era o seu aniversário e, de todos os presentes, felicitações e surpresas que tivera naquele dia, nenhum foi tão inusitado quanto o que ganhou no estacionamento da academia.