Dona Zeferina ataca outra vez!
E assim veio ela com toda a disposição de uma mulher esforçada e trabalhadora, porém com a sua língua afiada, ela bota é pra quebrar e já chegou tocando o terror, mexendo nas coisas da casa, fazendo um pirarucú a casaca, convidando o tal puxa_ saco do meu primo para almoçar com ela e enquadrando o pilantra na rua que não faz nada na vida e dizendo: toma ai! meu amigo e compra comida pra ti e vê se tu não vai gastar esta grana com o pereré e assim o vagabundo agradece: obrigado dona Zeferina e outro tal noiado faz nada diz: essa que é uma mãe! E a tal fera logo diz: eu sou é mãe do nezoca, sai fora meu e quem tem filho barbado é camarão!
E logo muitos do bairro reconhecendo a dona Zeferina a cumprimentam e diz: puxa a senhora tá sumida e onde mora agora! E a anciã apenas responde: eu já tava de saco cheio desta cidade grande, agora eu tenho uma casa muito grande e com enorme terreno para plantar e criar muito bicho. E outro baba_ovo responde: a senhora é que tá certa, tem mesmo que aproveitar essas coisas boas da vida. E a fera logo diz; pois é meu filho, eu tenho é 81 de vida e bem vivida, pois eu conheço o pilantra só no andar e comigo a onda é diferente e quem faz a tal onda! sou eu mesmo e vai cuidado de sair logo fora! E quem enche cú de Judas é molambo! E assim a dona Zeferina vai soltando todo o seu perculiar linguajar pra todos ouvir, desde os mais jovens aos mais velhos e ela não passa a mão por debaixo dos tais panos de ninguém e o que a velha tem de dizer, ela diz logo na lata.