Olhar Distante
Era um dia de primavera e o sol brilhava com intensidade. O senhor Augusto estava sentado em sua poltrona, olhando pela janela, observando as crianças brincando na rua. Ele pensava em como sua vida poderia ter sido diferente, se tivesse tomado outras decisões no passado.
Augusto era um homem de idade avançada, com cabelos brancos e rugas profundas no rosto. Ele sempre foi uma pessoa muito reservada, que gostava de passar seu tempo lendo livros e refletindo sobre a vida.
Mas, ao olhar pela janela e ver as crianças brincando, Augusto se perguntava se não teria sido melhor ter aproveitado mais a juventude e ter se permitido alegrias mais simples e descomplicadas. Ele se lembrava de quando era jovem e de como tinha sonhos e ambições que acabaram sendo adiados ou nunca realizados.
Enquanto pensava em tudo isso, Augusto decidiu escrever uma carta para seu neto, contando-lhe sobre suas reflexões e aconselhando-o a viver plenamente cada fase da vida. Ele se expressou com delicadeza e poesia, contando pequenas histórias e experiências pessoais.
Quando terminou a carta, Augusto sentiu-se leve e tranquilo. Ele sabia que a vida tinha sido boa para ele, mas também sabia que poderia ter sido ainda melhor se tivesse se permitido mais momentos de simplicidade e alegria. Mas, no fim das contas, ele sabia que era grato por tudo o que tinha vivido e aprendido ao longo dos anos.
Enquanto guardava a carta em um envelope, Augusto olhou novamente pela janela, observando as crianças que ainda brincavam na rua. Ele sorriu, sentindo-se em paz consigo mesmo e com o mundo.