Furada
Eu, caminhando, e interpretando a vida,
Fui pensando, buscando, para minha felicidade.
Acabei entrando, e dizendo, grande fria:
Casei-me com uma dona das posses, e de idade.
E aí entendendo, o que não seria alegria.
Naco, parecia, foi bem mais que bocadinho...
Tão logo, eu cheguei à distinta conclusão:
Tanto vale, ainda, não passar de pequenino,
Do que chegar, à maturidade, com ilusão...
Achei-me, só, por um dia, inteiro.
Propus-me de encontro, com a solução.
Entendi-me, por ser até caloteiro,
Para, também, ludibriar a dona solidão.
Quando quieto, e sossegado na cama,
Buscando, o sono, fingindo o cansaço.
A velha, como sempre, só de reclama:
Que é que houve meu moço adorado?
Dia seguinte, cheguei a uma decisão:
A felicidade não passava, de uma ocasião.
Saí fulo, e pulo no grito, contrariado,
Dei meu adeus, agradecendo o criado,
Achei melhor, ter amizade com a sofridão...
Andei perdido, fiquei ao léu, variado,
Até achei bondade, na tinhosa condição.
Em um dos momentos, que me pus pausado,
Meditando, absorvendo, o mal deste coração:
Nada como, compreendendo, vendo aliados,
Métodos certos, quando se pode colocar ação.
Junto, às vistas, ao sol, de uma vasta montanha,
Seguindo à rua em que seguiu meu pensamento,
Alcancei, para aliviar e elaborar sem artimanha...
Então, apaziguado das ideias, fiz meu juramento:
Hasteei qual ritual, lá no cume, a verdadeira bandeira,
Firmei, sem lero-lero, desviando-se, sem a manha:
Que de retorno, bem faria, me casar com uma solteira...
E voltei...