O canoeiro ambulante
Ele sai de manhã cedo e atravessa os rios na sua pequena canoa e desembarca na outra margem do rio, convencido que irá vender os seus legumes, verduras e frutas na feira do município e passa a manhã e a tarde toda e vende toda a sua pequena produção. E nessa volta para sua casa, traz alguns mantimentos para manter a mulher e os filhos. Assim é a tal vida do caboclo Amazônico que luta pela a sua sobrevivência. E chegando no lar, a mulher e os pequenos filhos o recebem todos de braços abertos e contentes, com um largo sorriso tão comovente por terem de volta o pai.
No entanto a realidade é áspera e de muito trabalho, todavia isto não intimida tal homem que trabalha de sol a sol e as vezes na chuva e no período de chuvas mais intensas que é o inverno amazônico, ele se dedica mais a pesca e deixa um pouco a roça de lado. Porém fome este cabra não passa de jeito nenhum. Porque é virado e tem 5 filhos para criar e alguns já ajudam ele em algumas tarefas básicas.
E num fim de semana vai a missa e assiste ao um jogo de futebol com os amigos, onde as vezes joga uns minutos para não perder o tal pique da bola e nem do jogo e depois volta pra casa para comer um tambaqui bem assado na brasa do jeito que o caboclo gosta com aquele baião dois e aquela farinha do Uarini com um pouco de vinagrete. E assim é a vida de quem vive no interior do Amazonas.