O mundo não é como sonhamos

e nem as pessoas como imaginamos.

-Se cuide! Ele sorri enquanto

se despede de mim.

 

Tum…tum…tum

Já me acostumei a ser uma boneca quebrada, retruco.

Soando mágoas no coração. 

Não sei me consertar ou deixar 

de sentir emoções.

Tum…tum…

Vou viver estragada

Tocando o mesmo repertório

de poesias sem noção.

Morando num eterno purgatório

com uma caneta na mão.

Já me acostumei

a dar corda e rodar sozinha 

enquanto a dor soa baladas

de solidão.

Sou um brinquedo

num azedo enredo em camadas

que compõe poesias 

numa zombaria de sua situação.

Tum…tum…tummm

O sofrimento é algo fetal

Ele nasceu antes de conceber 

que era seu,

percebeu?

 

A vida é sangrias

que temos que fazer.

Um pari sozinha dificuldades

e agonias

para sobreviver.

Luísa Azevedo
Enviado por Luísa Azevedo em 11/12/2022
Código do texto: T7669846
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