Bomba relógio
Em uma sala fechada,
Tenho a impressão de que as paredes movem-se em direção a mim, prensando até a última gota de esperança do meu ser.
Deixando apenas o caos tomar forma e mergulhando meu corpo no mais profundo desespero.
Sobre a sensação:
É difícil descrevê-la com palavras, quando tento...
Sinto somente á ausência de ar, estava ficando pior!
Não consigo ver nada.
Mas ouço, ouço ecos...
E tudo parece tão vazio e distante. Sufocante.
Quero gritar! Não para ser ouvida, mas sim, como uma forma de colocar para fora tudo que ficou entalado, as palavras não ditas que foram coagidas a sumirem.
No entanto, ainda estavam ali! Amontoadas na minha mente, guardadas numa caixinha na gaveta da minha memória, autointituladas:
"Cale-se, ninguém entenderia!"
Seria "drama" já que o sofrimento não é deles.
Fonte:
Vozes da minha cabeça_
"Acho que ainda tem espaço para alguns momentos, só não fale nada. Cuidarei do resto." (Não cuidou!)
Foi então que me convenci de algo:
Eles não entendem, nunca nem se quer tentaram e justo quando me acostumo a ser sozinha, julgam até mesmo a minha solidão.
Conclusão da história: Tornei-me uma bomba relógio, sempre a beira da explosão! E o próximo 'click' pode ativar a detonação.