O Flautista
Uma canção de um lugar distante,
Trazia em versos a triste história...
De um alegre flautista errante!
E também toda a trajetória.
O flautista não temia perigo!
Levava poesia pra onde andava...
A população toda abria um sorriso,
Para bela música que o flautista tocava.
Bem aos poucos, seus versos foram sumindo...
Quando apareciam, pareciam um pouco mais chateados.
Pelas pessoas que só ficavam indo e vindo,
E o iludindo com seus elogios demasiados!
O flautista cansou do ritmo da sua canção...
Dos sorrisos das pessoas, que não compravam o seu pão!
Arrumou um bom emprego, bem atrás de um balcão,
Deixando no passado aquela forte vontade seguir o coração.
De tanto pensar na vida que não teve, e nesse terrível sentimento,
O flautista adoeceu, faleceu da pior forma que imaginava!
Não pode deixar o legado de ser lembrado pelo som do seu instrumento.
De um jeito triste, som esse que nem mesmo ele mais lembrava...