Se segura malandro!
Era umas 3:30hs da manhã e alguns trabalhadores já estavam acordados para irem trabalhar para não perderem o horário da condução. Quando de repente na esquina do bar do seu Flávio, se ouviu uma confusão de gritos e disparos de tiros, depois de uma discussão, a moçada que estava no local se espalhou depois desse fato. E não havia uma viva alma no recinto, a não ser o meu amigo José, tomando tranquilamente a sua estúpida cerveja 🍺 gelada.
E assim mesmo ele estava e assim mesmo ele ficou, sem demostrar nenhuma reação, pois até o dono do bar se escondeu atrás do balcão com receio de que algum tiro pudesse lhe atingir. E quando o seu Flávio, se levantou disse assim: oh! Zé, você é louco? Porque tu não se escondeu mano? Tu não tem medo de morrer? E calmante o meu amigo José disse: oh! Meu velho amigo, você não sabe desse dizer? quanto mais tu tem medo de morrer é pior pra você? E tu fica meio que se assustando com qualquer coisa homem!
E o seu Flávio replica: Ah! É, quer dizer que um tiroteio desse tamanho medonho de bala pra tudo que é lado, é besteira pouca pra ti é? Daqui a pouco chega a polícia e vai encher o meu saco de boi com um monte de perguntas chatas e idiotas; como: quem foi que atirou? Como essa pessoa estava vestida ? Ou como começou essa confusão, e eu sei lá como começou essa bosta. Só sei que acabou o movimento, e acabou a grana! E sobrou cerveja 🍻 aí até o tucupi*.
E o meu amigo José tomando mais um gole de gelada disse: Não se preocupe não meu velho amigo. Eu conheço uma turma que toma cerveja que nem água e irei convidar eles para vir aqui, só que tem um porém, tu vai ter que bancar o rango da moçada e o resto tu deixa comigo que eu convenço eles de vir aqui amanhã, tomar toda sua cerveja que ainda resta. E eles vão beber tanto que tu não vai nem abrir o bar nesse domingo! E aí tá sentindo firmeza?
E nesse interím de um instante o seu Flávio ficou pensando como se fosse uma eternidade no tempo. E levantou as suas sobrancelhas, colocou a mão no queixo e fez uma careta estranha e disse: tá ok, se tu garante que eles são uns beberrões de cana, eu topo a parada. E no dia seguinte aconteceu exatamente como o meu amigo José, disse que iria acontecer e neste dia acabou toda a cerveja do bar e o seu Flávio ficou mais besta e feliz do que pinto em merda, pois sabia que iria pagar o seu boleto tranquilamente.
A expressão até o tucupi* é uma gíria Manauara que significa que existe um excesso de coisas, de pessoas, de objetos.
No caso desse conto em questão; existe um excesso de cervejas no depósito do bar.