Divagações de um velho cego

Todavia depois de tantos tais anos que se passaram, eu fico aqui a esperar a morte chegar sem nenhuma perspectiva de uma vida mais longa, porém não sem as lembranças que não são vazias. Onde eu lembro sem querer as coisas boas e ruins. Entretanto a vida quando chega nessa fase se torna mais simples e monótona, e o esforço que antes eu fazia na juventude não tem muito sentido quando a pessoa fica mais velha.

Evidente que muitos dizem enquanto houver vida, há esperança, porém não quero desestimular ninguém a respeito da vida, que é a maior dádiva do Criador. Pois se eu tivesse de fazer tudo outra vez, certamente faria tudo novamente. Porque para mim apesar de toda a minha velhice e dor. Vivi e estou vivendo como eu acreditei como tinha que viver a vida.

Sim, estou certo disso e não sinto_me arrependido de nada que eu fiz e sim do que eu não fiz. Pois eu fiz o que eu acreditava que era o melhor para mim. entrementes, eu confesso que eu tenho uma grande dor e mágoa no meu coração que foi amar uma mulher vil, ingrata e vulgar. E disso eu arrependo_me amargamente.

Déboro Melo
Enviado por Déboro Melo em 03/06/2022
Reeditado em 03/06/2022
Código do texto: T7530175
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