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FOI O MELHOR SEXO que Takeshi teve nos últimos dois anos. Ela era perfeita, além da beleza avassaladora, ela Tinha um corpo angelical, era uma leoa na cama, sem pudor e não me toque, se entregava de corpo e alma, priorizando dar prazer e receber prazer.

 

Takeshi acordou às cinco da manhã, acordou depois de muito tempo na cama de uma mulher. Ele não sabia o que o levou a tal atitude. Pois fazia dois anos que ele não tinha um relacionamento físico. Havia perdido sua noiva em um acidente trágico. Voltavam da fazenda, quando começou uma tempestade, seu motorista perdeu a direção em uma curva, ao tentar frear deu aquaplanagem, o carro capotou várias vezes. Sua noiva estava sentada no banco de trás, no meio, entre sua mãe e sua irmã. Ela morreu na hora, de acordo com o parecer médico, o cinto a partiu ao meio internamente. Ele e os demais ocupantes, sofreram graves concussões, mas sobreviveram sem sequelas aparente. O que mais o entristeceu foi saber que ela estava grávida de quase dois meses.

 

Agora ali estava ele, depois de tanto tempo de luto, acordando ao lado de uma mulher. Takeshi a estava observando dormir. Ela estava com a cabeça sobre as mãos, dormia serenamente. Alguns fios de seus cabelos negros lhe cobria a bochecha, ele os afastava delicadamente quando ela abriu os olhos, e, sorriu para ele.

 

-Pensei que estava sonhando, mas você e de verdade.

 

Ele a beijou na testa.

 

- Eu sou real e você também.

 

Ela tocou o indicador em seus lábios. Subiu sobre ele. Com um sorriso malicioso nos lábios, ela pressionou seu sexo sobre o dele e disse.

 

- Estou com fome.

 

Começaram a se beijarem, e em segundos seu corpo deu sinal de que já estava pronto para mais uma cessão de prazer. Ela levou a mão ao seu falo, e disse ao seu ouvido enquanto lhe mordiscava a orelha.

 

- Parece que ele também está com muita fome.

 

Fizeram amor loucamente. Depois Takeshi tomou banho e foi pegar seu carro que havia ficado em frente ao bar.

 

 

FOI UMA NOITE MEMORÁVEL, como a muito Takeshi não tinha. Após pegar o carro em frente ao bar, ele foi para casa, tomou um banho, vestiu jeans, camisa polo e tênis, foi para o aeroporto, tomou um avião para goiana; duas horas depois estava aterrizando no aeroporto. Cleiton já o estava esperando no saguão. Mais duas horas de estrada, ele estava na fazenda. Sua mãe o esperava com polenta e costela assada, e uma cachaça de produção da fazenda.

 

Takeshi comeu até se sentir estufado. Depois fez a siesta até às duas e meia da tarde.

 

Quando chegou ao estábulo, um cavalo estava arreado a sua disposição. Fez um passeio pela fazenda, visitou as famílias que cuidavam da propriedade. Ao todo, tinha vinte famílias que moravam em um vale. O administrador morava mais perto da sede. Todos os moradores ganhavam o salário-mínimo, mas ganhavam cestas básicas, tratamento médicos em geral. Mas suas tarefas eram restritas a plantação de arroz, feijão milho e cana de açúcar. Já o pessoal que trabalhava no alambique era terceirizados.

 

A fazenda lhe rendia dois milhões por ano. O restante de sua receita vinha do escritório de advocacia e das boates, redes de mercados e de participações em várias empresas. O escritório de advocacia, era o mais rentável de todos os seus empreendimentos. Ele não tinha o que reclamar, seus negócios estavam indo bem. O que o incomodava eram os inconvenientes com os federais, devido seu envolvimento com alguns políticos, no geral, tudo ia muito bem.

 

Já estava anoitecendo quando Takeshi voltou para a sede. Sua mãe estava na varanda, sentada a uma cadeira de balanço.

 

- Que tarde linda em dona Aika.

 

Aika o olhou curiosa.

 

- É, esta uma tarde muito bonita. Mas estou curiosa. Você nos fez sair às pressas, mas vejo que você parece estar feliz, o que de fato aconteceu?

 

- Está tudo bem... os federais invadiram a cobertura e o escritório, mas não encontram nada comprometedor.

 

- Mas não é só por isso que você está com este ar de felicidade, é?

 

- Nada passa despercebida pela senhora, não é mesmo mamãe.

 

Takeshi, ponderou por um momento, como ele poderia contar a sua mãe que tivera uma noite de sexo memorável, com alguém que conhecera em um bar, e que não sabia como explicar, mas estava apaixonado.

 

- Ontem eu conheci alguém, uma mulher encantadora. Sabe aquela pessoa que você vê pela primeira vez, mas que é como se a conhecesse a muito tempo? É assim que estou me sentindo.

 

- Que bom, já era hora de você sair desse luto, recomeçar a vida.

 

Takeshi não contra-argumentou, apenas olhou para a montanha a sua frente, por trás da qual o sol se punha.

 

Felipe Felix
Enviado por Felipe Felix em 27/05/2022
Reeditado em 18/06/2022
Código do texto: T7524766
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