MORREU SEM TER VIVIDO

JOEL MARINHO

Havia dentro dela um desejo louco de viver intensamente, doar-se inteiramente ao sexo com seu grande e verdadeiro amor ouvindo uma música suave e tomando um delicioso vinho dionisíaco, todavia, foi “castrada” ideologicamente pela ideia do pecado. Foi aos poucos se tornando uma pessoa altamente comedida, amargurada e chata a ponto de perder o amor de sua vida e o amor próprio. Afundou-se em uma grande depressão e morreu afogada à solidão sem jamais ter vivido apesar de ter tido uma longa passagem pela terra.