A MOÇA DA FAZENDA
Vania Staggemeier
A moça desiludida da vida vivia na capital...
Nada dava certo para ela e um certo dia.
Pegou sua mala e seu violão secou suas lágrimas.
E para fazenda voltou carregando seus sonhos...
Lembrando da vida que lá deixou ainda menina.
Lá sem barulho da cidade grande se ouvia o canto da passarada...
Vida no campo simples e singela fogão de lenha.
Bolo de milho e leite quentinho tudo tinha lá...
Janelas floridas fruta no pé e barulho das cachoeiras...
Tantos girassóis uma tela viva de cores belas...
Era ali seu pedação de chão onde nunca deveria ter saído.
A felicidade explodindo nos olhos da moça.
Ela cantarolando brotou um sorriso no canto da boca.
Uma chuva fininha que arranhava o telhado de palha.
Pela janela ela avistou um moço com seu chapéu de lona
todo molhado da chuva que caia fininha. Ele se aproximou pedindo abrigo...
Ela sem saber seu nome lhe ofereceu café quente e bolo...
A chuva não parava ela pegou seu violão e juntos declamavam versos de poesias e onde fizeram grande amizade. Foi lá no meio do nada que ela encontrou tudo que precisava...
No meio do silêncio era ali que habitava a sua felicidade.
Nada era melhor que a vida na fazenda... Ali encontrou a calma do que precisava...
A tranquilidade para pensar e escrever seus versos...
Terra molhada pés descalços, banho de chuva...
Era tudo o que ela queria...
A moça da fazenda!
Casarão das novelas – Foto de Hotel Fazenda Boa Vista, Bananal -