NEM SEMPRE QUEM DIVERTE É DIVERTIDO

Tristonho o bobo andava, a noite ele sorria e a Corte toda se divertia, porém quando o show acabava a tristeza o esperava de braços abertos, mas como a cortina para si se fechava seu choro era farto e ninguém via e a cada dia ele definhava. Um dia a Corte calou, o bobo pendurado por uma corda no pescoço amanheceu, no entanto, como bobo não tem nome foi logo esquecido, veio outro bobo para o seu lugar, foi substituído, afinal de contas o rei não podia ficar sem ser divertido e a vida do bobo era apenas uma vida que não devia, mas podia ser transformada em número apenas, estatística.

JOEL MARINHO