O professor do cajado

O professor do cajado

Assim era Anderson um famoso professor de matemática que lecionava em vários colégios da Baixada Fluminense. 1,95m de altura, uns 95kg e fortíssimo porque ele antes de se formar havia sido fuzileiro naval e como tal treinara bastante e para manter a sua forma física em dia.

Ele fazia muitos exercícios.

De modo que tinha um corpo atlético em plena forma.

Anderson gostava sempre de andar com seu famoso cajado, o qual era feito de jacarandá e o mesmo estava sempre bem lustrado e logo toda escola o ficou conhecendo como “o homem do cajado”.

Logo no primeiro dia de aula o cajado já se fazia presente e sua estréia era quando batia fortemente em cima da mesa logo que algum aluno começava com excesso de postura. Ele dava uma porrada com bastante força em cima da mesa e dizia: quem não quiser estudar que saia de sala porque a próxima porrada vai ser bem na cabeça de aluno que estiver falando quando eu estiver explicando.

Então, o silêncio se tornava geral e ele podia passar o seu recado na maior tranqüilidade.

Um dia um aluno fez queixa dele ao pai, só que esqueceu de o avisar como era o professor, não falou do corpo do professor Anderson e lá chegou o pai na escola cheio de autoridade moral querendo tomar satisfação com o professor dizendo que ele ia se ver com ele e que estaria lhe esperando lá fora para resolver a questão e lhe ensinar a tratar os seus alunos.

Soou o sinal do recreio e lá foi o Prof Anderson ver quem era que ia lhe ensinar a tratar os alunos e lhe meter a porrada. Quando o pai do aluno viu o Anderson, foi logo dizendo: não é nada disso professor, houve um mal entendido, meu filho está errado e eu vou lhe corrigir, o senhor pode ter certeza que ele não vai mais lhe dar problemas em sala de aula.

Anderson tinha a voz tão forte que parecia um trovão e quando estava falando a maioria das meninas tremiam de medo de serem chamada atenção, outra tremiam de medo somente em saber que ele seria o seu professor no próximo semestre.

O professor Anderson era uma pessoa simples, urbana, prestativa, amigo de todos, contudo era o pavor dos alunos; principalmente daqueles que somente iam para a escola a fim de fazer bagunça.

Quando chegava a hora da renovação de matrícula, os bagunceiros iam logo saber em que turmas o Professor Anderson estaria lecionando para que eles pudessem optar por outras turmas.No entanto, para aqueles que se dedicavam à disciplina, o prof Anderson era um dos mais estimado e admirado, porque todos reconheciam o seu valor e sua dedicação às turmas que ele se tornava regente.

Farick