RELEASE SOBRE OLINDA E SEUS PONTOS HISTÓRICOS
Olinda é um município brasileiro do estado de Pernambuco. Pertence à Região Metropolitana do Recife, distando seis quilômetros da capital pernambucana.
Fundada em 1535, Olinda é a mais antiga entre as cidades brasileiras declaradas Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela UNESCO, e foi o segundo centro histórico do país a receber tal título, em 1982, após Ouro Preto. Em que pesem a descaracterização de parte do seu casa-rio histórico e a perda de diversos exemplares da arquitetura quinhentista com o ataque holandês, Olinda abriga dezenas de igrejas e conventos barrocos de inestimável valor histórico, e mantém o seu traçado urbano colonial. É uma localidade de grande relevo na história do Brasil.
Olinda foi a urbe mais rica do Brasil Colônia entre o século XVI e as primeiras décadas do século XVII de acordo com escritores da época como Pero de Magalhães Gândavo, chegando a ser referida como uma "Lisboa pequena", dada a opulência só comparável à da Corte portuguesa. Desenvolveu-se em torno do antigo Castelo de Duarte Coelho, primeira casa-forte brasileira. Foi sede do Brasil colonial entre 1624 e 1625 por ocasião das invasões neerlandesas: Matias de Albuquerque foi nomeado Governador-Geral, administrando a colônia a partir de Olinda.
A vila manteve-se próspera até a invasão holandesa à Capitania de Pernambuco, quando os neerlandeses, após retirar os materiais nobres das edificações para construir suas casas na capital da Nova Holanda (Recife), incendiaram Olinda. Com o término da Insurreição Pernambucana, Olinda voltou a ser a sede da capitania, porém sem a influência de outrora, o que ocasionou conflitos como a Guerra dos Mascates. Em meados do século XIX, a cidade deixou de ser a capital de Pernambuco. Já em 2006, Olinda foi eleita a primeira Capital Brasileira da Cultura, após concorrer com as cidades de Salvador e João Pessoa.
HISTÓRIA:
Por volta do ano 1000, os índios tapuias que habitavam a região foram expulsos para o interior do continente pela chegada de povos tupis procedentes da Amazônia. No século XVI, quando chegaram os primeiros europeus à região, ela era ocupada pela tribo tupi dos caetés. Localizada no atual estado de Pernambuco, é uma das mais antigas cidades brasileiras, tendo sido fundada (ainda como um povoado) em 1535 pelo primeiro donatário da Capitania de Pernambuco, o português Duarte Coelho. Duarte fez tudo pelo desenvolvimento da terra: fundou o primeiro engenho de açúcar, desenvolveu a agricultura e estabeleceu um livro de tombo.
O povoado foi elevado a vila em 12 de março de 1537. Duarte Coelho ordenou a construção de um edifício destinado ao funcionamento da Câmara do Senado de Olinda, prédio este doado, em 1676, ao primeiro bispo de Olinda, Dom Estevam Brioso de Oliveira, que o converteu em um palácio episcopal, até hoje bem conservado. Olinda era sede da capitania de Pernambuco, mas foi incendiada pelos holandeses devido à sua localização. Segundo a concepção holandesa de fortificação, Olinda detinha um perfil de difícil defesa. Diante disso, a sede foi transferida para o Recife.
Em 1630, Olinda foi tomada pelos holandeses, que a incendiaram no ano seguinte; em 1654 os portugueses retomaram o poder e expulsaram os holandeses. Olinda voltou a ser capital de Pernambuco, muito embora os governadores residissem em Recife. Por volta de 1800, com a fundação do Seminário Diocesano e, em 1828, do Curso Jurídico, transformou-se num burgo de estudantes.
Sob certos aspectos, Olinda rivalizava com a metrópole portuguesa. Seus velhos sobrados tinham dobradiças de bronze, enquanto as igrejas, principalmente a Sé, ostentavam, em suas portas principais, dobradiças de prata e chaves fundidas em ouro.
Foi no Senado da Câmara de Olinda que, a 10 de novembro de 1710, o sargento-mor Bernardo Vieira de Melo deu o primeiro grito em prol da independência nacional.
Os primeiros cursos jurídicos do Brasil, criados pelo Decreto Imperial de 11 de agosto de 1827, foram inaugurados solenemente no Mosteiro de São Bento, a 15 de maio de 1828. Antes de sua transferência para Recife, os cursos jurídicos funcionaram no prédio em que atualmente se encontra a prefeitura. Em 1837, com a transferência do governo provincial para o Recife, Olinda deixou de ser a capital de Pernambuco.
Em 1860, o astrônomo francês Emmanuel Liais descobriu, no Observatório do Alto da Sé, o primeiro cometa relatado a partir de observações na América Latina e o único descoberto no Brasil, que recebeu a denominação de Cometa Olinda.
O Centro Histórico de Olinda, também chamado de Cidade Alta, abrange a área histórica do município brasileiro de Olinda, no estado de Pernambuco.
Quase um terço da área total do município é tombado. A preservação desse sítio histórico começou na década de 1930, quando os principais monumentos foram protegidos por tombamento. A partir daí foram promovidas várias ações no sentido de preservar todo o patrimônio histórico, cultural e arquitetônico ainda existente no município. O sítio foi declarado Monumento Nacional pelo Congresso Nacional em 1980, e em 1982 foi reconhecido como patrimônio mundial pela UNESCO.
Olinda foi a urbe mais rica do Brasil Colônia entre o século XVI e o início do século XVII de acordo com escritores da época como Pero de Magalhães Gandavo, chegando a ser referida como uma "Lisboa pequena", dada a opulência só comparável à da Corte portuguesa. Foi sede do Brasil colonial entre 1624 e 1625 por ocasião da primeira das invasões neerlandesas: Matias de Albuquerque foi nomeado Governador-Geral, administrando a colônia a partir de Olinda. A vila manteve-se próspera até a invasão holandesa à Capitania de Pernambuco, quando os neerlandeses, após retirar os materiais nobres das edificações para construir suas casas na capital da Nova Holanda (Recife), incendiaram Olinda. Com o término da Insurreição Pernambucana, Olinda voltou a ser a sede da capitania, porém sem a influência de outrora, o que ocasionou conflitos como a Guerra dos Mascates. Em meados do século XIX, a cidade deixou de ser a capital de Pernambuco.
Em que pesem a descaracterização de parte do seu casario histórico e a perda de diversos exemplares da arquitetura quinhentista com o ataque holandês, Olinda abriga dezenas de igrejas e conventos barrocos de inestimável valor histórico, e mantém o seu traçado urbano colonial. É uma localidade de grande relevo na história do Brasil.
Fundada em 1535 por Duarte Coelho, primeiro donatário da Capitania de Pernambuco, em um sítio elevado que favorecia a defesa da povoação e controle da região, Olinda se tornou a capital pernambucana e o principal polo econômico do Brasil Colônia no século XVI, enriquecida com a cana-de-açúcar. Em 1612 a vila centralizava a produção de todos os engenhos de Pernambuco, e tanta riqueza motivou a invasão dos holandeses em 1630. Um ano depois, sendo considerada mal localizada pelos invasores, a vila foi abandonada e incendiada, e a capital transferiu-se para Recife, o antigo porto de Olinda.
Depois da expulsão dos holandeses em 1654, Olinda começou a ser reconstruída. Das edificações originais quase nada restara, destacando-se entre as que escaparam do incêndio a Igreja de São João. Porém, desenvolveu-se intensa rivalidade com Recife pela supremacia política. Os fazendeiros e a Igreja desejavam o retorno da capital para sua antiga sede, mas os comerciantes preferiam Recife como capital por ter um porto. Vencendo os primeiros, voltou Olinda à condição de capital. Em 1676 foi erigida ali a Diocese de Pernambuco e a vila subiu à condição de cidade, passando os próximos cem anos envolvida na reconstrução e tornando-se importante centro cultural.
A Catedral Sé de Olinda, maior igreja quinhentista do Brasil.
Igreja do Carmo de Olinda, primeiro templo da Ordem dos Carmelitas nas Américas.
No século XVIII, com o declínio da economia açucareira, e enfrentando a constante competição de Recife, que se mostrava cada vez mais próspera, a cidade mudou seu perfil, tornando-se um refúgio de aristocratas, religiosos, estudantes e pessoas em busca de suas praias para banhos medicinais. Em 1827 Recife voltou a ser capital. Ao longo do século XIX é visível a estagnação da cidade, que continua do mesmo tamanho que tinha no século anterior. O seu renascimento só ocorreu no século XX, quando seu potencial turístico começou a ser explorado.
A cidade tem um traçado irregular, de influência medieval, adaptando-se de forma orgânica às curvas do terreno. Os monumentos históricos são realçados pela abundante vegetação tropical que sobrevive entre a malha urbana. Há grande número de igrejas, muitas delas com rica ornamentação barroca no interior, e seu casario atesta a transformação dos hábitos de edificação civil ao longo dos séculos, mas preservou-se a harmoniosa integração com a paisagem e ainda restam expressivos trechos com a antiga urbanização colonial do século XVIII, com suas casas de tradição portuguesa, com sacadas em pedra ou madeira, fachadas contíguas e grandes quintais, adaptadas ao clima tropical do local.
Segundo descrição da UNESCO, que o declarou Patrimônio Mundial, "as qualidades únicas do Centro Histórico surgem do equilíbrio preservado entre os edifícios, públicos ou privados, e os jardins organizados desde a primitiva divisão dos lotes. É uma cidade de vistas surpreendentes: uma das numerosas igrejas ou conventos barrocos, ou uma das várias capelas dos passos, vai aparecer a cada vez que dobramos uma esquina. Os refinamentos elaborados da decoração das principais estruturas arquitetônicas contrastam com a charmosa simplicidade do casario pintado de cores vivas ou com as fachadas revestidas de azulejos".
Entre as construções existentes atualmente, se destacam a antiga capela do colégio jesuíta, hoje denominada Igreja da Graça, a Catedral Sé de Olinda, a Basílica e Mosteiro de São Bento, o Convento de São Francisco, a Igreja de Nossa Senhora das Neves, a Igreja do Carmo de Olinda, Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e o antigo palácio episcopal, hoje o Museu de Arte Sacra de Pernambuco. Nos últimos anos a administração municipal, o IPHAN e o Programa Monumental têm realizado muitas obras de conservação, restauro e revitalização de estruturas e espaços, com preocupação com a acessibilidade e a circulação, a organização dos artesãos e comerciantes locais e o aproveitamento das vistas panorâmicas que podem ser desfrutadas de cima das colinas do centro histórico.
Grande parte do interesse que Olinda desperta vem de suas manifestações da cultura popular, sendo conhecida pela sua cerâmica e sua talha artesanal, pelo seu carnaval e outras festas típicas da região, onde se dança o frevo e o maracatu.
A Catedral de São Salvador do Mundo ou Catedral Sé de Olinda é um templo católico localizado em Olinda, no estado de Pernambuco, sé da Arquidiocese de Olinda e Recife.
Trata-se da maior igreja quinhentista do Brasil, e a mais antiga de Olinda, fundada em 1540. Em Pernambuco, foi precedida apenas pela Igreja dos Santos Cosme e Damião de Igarassu, a mais antiga igreja brasileira de acordo com o IPHAN.
No seu entorno ficava o Castelo de Duarte Coelho, demolido.
A Basílica e Mosteiro de São Bento constituem um importante complexo arquitetônico barroco localizado em Olinda, no estado brasileiro de Pernambuco. Situa-se no local onde foi erguido o primeiro mosteiro beneditino do Brasil, entre 1597 e 1599.
O conjunto é tombado nacionalmente e, junto com grande parte do centro histórico da cidade, também como Patrimônio Histórico da Humanidade pela UNESCO.
O Convento de São Francisco é parte de um conjunto arquitetônico católico de excepcional importância, que inclui a Igreja de Nossa Senhora das Neves, a Capela de São Roque, o claustro e a sacristia. Está situado na cidade brasileira de Olinda em Pernambuco.
É o convento franciscano mais antigo do Brasil.
Sua construção foi iniciada em 1585, com projeto do frei Francisco dos Santos, mas foi parcialmente destruído pelos holandeses no ano de 1631 e reconstruído ainda no século XVII. Em frente ao convento existe um cruzeiro trabalhado em pedra de arenito retirada dos arrecifes.
O claustro e a sacristia são famosos pela série de painéis de azulejos portugueses, com cenas diversas. Na igreja, na sacristia e na capela chama a atenção o rico trabalho de talha em madeira do teto, com caixotões contendo pinturas do século XVIII. O mosteiro tem ainda uma biblioteca com um precioso acervo de obras raras, e nele foi instalada a primeira biblioteca pública de Pernambuco.
O conjunto foi incluído no rol dos monumentos do Centro Histórico de Olinda, tombado pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade.
O Convento de São Francisco é parte de um conjunto arquitetônico católico de excepcional importância, que inclui a Igreja de Nossa Senhora das Neves, a Capela de São Roque, o claustro e a sacristia. Está situado na cidade brasileira de Olinda em Pernambuco.
É o convento franciscano mais antigo do Brasil.
Sua construção foi iniciada em 1585, com projeto do frei Francisco dos Santos, mas foi parcialmente destruído pelos holandeses no ano de 1631 e reconstruído ainda no século XVII. Em frente ao convento existe um cruzeiro trabalhado em pedra de arenito retirada dos arrecifes.
O claustro e a sacristia são famosos pela série de painéis de azulejos portugueses, com cenas diversas. Na igreja, na sacristia e na capela chama a atenção o rico trabalho de talha em madeira do teto, com caixotões contendo pinturas do século XVIII. O mosteiro tem ainda uma biblioteca com um precioso acervo de obras raras, e nele foi instalada a primeira biblioteca pública de Pernambuco.
O conjunto foi incluído no rol dos monumentos do Centro Histórico de Olinda, tombado pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade.
A Igreja de Nossa Senhora do Carmo do Antigo Convento de Santo Antônio do Carmo de Olinda, popularmente conhecida como Igreja do Carmo de Olinda, é um templo católico da cidade de Olinda, em Pernambuco, no Brasil.
É o mais antigo templo da Ordem dos Carmelitas nas Américas.
A Igreja de Nossa Senhora do Carmo do Antigo Convento de Santo Antônio do Carmo de Olinda teve sua construção iniciada por volta de 1580, quando a Ordem dos Carmelitas se instalou em Olinda, na ermida de Santo Antônio e São Gonçalo. Quando a cidade foi destruída pelos holandeses, no ano de 1631, a igreja e o convento sofreram sérios danos. A partir de 1654, com a expulsão dos invasores, os frades voltaram ao convento em ruínas e deram início à reconstrução. Em 1704, começaram as obras internas e foi erguido o cruzeiro em sua frente. A torre do lado sul foi concluída em 1726.
O templo foi fechado em 1820 com a transferência do padre prior para o Recife, o que provocou o abandono do convento. Outro grande golpe veio em meados do século XIX quando as fachadas Leste e Norte do convento ruíram, abrindo espaço para a ação de vândalos e saqueadores. Foi em 1897 que o frei Mariano do Monte Carmelo Gordon fez obras de restauração na capela-mor e mandou camarim com suas arcadas, pilastras e abóbada e nos anos de 1966 e 1968, foram realizados restauros já pelo Iphan (na época, SPHAN), que devolveram à igreja seu traçado primitivo, que segundo José Luiz Mota Menezes mostra a influência maneirista da escola de Vignola, mesclada a elementos barrocos.
A Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos é um templo católico da cidade de Olinda, em Pernambuco, no Brasil. Trata-se da primeira igreja do país pertencente a uma irmandade de negros.
As referências relativas à existência da Irmandade dos Homens Pretos de Olinda datam de meados do século XVI, sendo a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos bem documentada a partir de 1627.
Em sua volta eram realizadas as congadas, em uma tentativa de resgatar as festas religiosas africanas.
O Museu de Arte Sacra de Pernambuco (MASPE) é um museu brasileiro localizado em um prédio histórico de Olinda, no estado de Pernambuco.
O prédio que hoje abriga o Museu de Arte Sacra foi construído no século XVII, no Alto da Sé, a colina sobre a qual Duarte Coelho fundou a cidade, em 1535. Inicialmente serviu como a Casa da Câmara do Senado de Olinda. Com a chegada do primeiro Bispo de Pernambuco, Dom Estevão Brioso de Figueiredo, em 1676, que ali também se instalou, passou a ser também Palácio Episcopal, função que se tornaria exclusiva a partir de 1690.
No século XIX o casarão sofreu novas modificações, servindo como residência coletiva de religiosos, colégio e quartel do exército durante a 2ª Guerra Mundial, mas preserva dois torreões originais e as doze janelas com balcões de madeira do piso superior. Na sua fachada ainda se encontra o antigo brasão episcopal e uma placa da UNESCO, que declara a cidade Monumento da Humanidade.
O museu ocupa o local desde 1974, e em 1977 a FUNDARPE realizou novas reformas, reinstalando na entrada do Museu seus azulejos portugueses.
Arquivo Municipal de Olinda
Localização: Rua de São Bento, 153 – Varadouro
Desde o Império, a Câmara de Olinda acumulava as funções do Poder Executivo e já possuía seu arquivo. Em 1975 foi criado o serviço de Arquivo Público Municipal, voltado para o recolhimento e preservação de documentos em fase permanente. Em 1983 foi criado o Arquivo Público Antonino Guimarães na casa da antiga residência da família Coelho Leal, na Rua de São Bento 153.
O Patrimônio Documental de Olinda extrapola a função local, para ser de interesse da comunidade cientifica e dos órgãos nacionais e internacionais. Seu acervo é basicamente de documentação acumulada e/ou produzida pelo Poder Executivo Municipal, com datas limites de final do século XVI até fins da década de 1970. A documentação encontra-se dividida em três grandes grupos: Textual, Cartográfica e Iconográfica. No acervo constam obras raras, do século XVII ao XX.
Biblioteca Pública de Olinda
Localização: Av. Liberdade, s/n – Carmo.
Fone: (81) 3305-1157
Visitação: de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
Foto: Passarinho/Pref. Olinda
Criada por Decreto Imperial em 07/12/1830, a Biblioteca Pública de Olinda foi inicialmente instalada no Convento de São Francisco, sendo a 1ª de Pernambuco e a 5ª do Brasil. Com a transferência da Faculdade de Direito de Olinda para o Recife, o espaço ficou sem funcionar durante várias décadas, sendo restabelecida através da Lei n° 4329/1983. Em 1984, foi desapropriada a casa da Avenida da Liberdade nº 100, no Carmo, que teve sua restauração concluída em 1996. A casa onde está instalada a Biblioteca Pública de Olinda é uma das construções mais antigas do município. Foi retratada por Franz Post em pintura sobre Olinda, no século XVII.
Caixa D’Água
Localização: Rua Bispo Coutinho, s/n – Alto da Sé.
Visitação: todos os dias, das 14h às 17h.
Caixa D’Água e Elevador Panorâmico do Alto da Sé. Foto: Laila Santana/Pref. Olinda
Construída em 1934 com projeto do arquiteto Luís Nunes, a Caixa D’Água, no Alto da Sé, é um marco da arquitetura moderna brasileira. Neste projeto, pela primeira vez, foi utilizado formas e modelações arquitetônicas modernas, numa época em que estava sendo mudado o conceito de arquitetura.
O uso de pilotis, a forma pura da construção, a utilização de uma fachada cega e outra totalmente vazada com cobogós foram inspiradas nos conceitos de Le Corbusier, e utilizados por Oscar Niemeyer nos edifícios de Brasília. Na construção da Caixa D’Água, foi usado pela primeira vez no Brasil o combogó, como elemento decorativo de ventilação e decoração.
O prédio passou recentemente por obras de requalificação, inauguradas no dia 24 de outubro de 2011. No edifício, de 20 metros de altura, foi instalado um elevador panorâmico e o local foi transformado num mirante, que permite ao visitante uma vista de 360 graus para as duas cidades irmãs: Olinda e Recife. O espaço interior foi requalificado para exposições e outras atividades de apoio à visitação turística.
Casa de João Fernandes Vieira
Localização: Rua de São Bento, s/n – Varadouro.
Na Rua de São Bento, próxima ao conjunto de São Bento, encontra-se o sobrado onde acredita-se que habitou e faleceu o restaurador de Pernambuco, João Fernandes Vieira, que teve destaque na luta contra os holandeses.
CEMO (Centro de Educação Musical de Olinda)
Localização: Complexo Rodoviário de Salgadinho – Santa Tereza.
Fone: (81) 3241.5065
O casarão do século XIX foi residência do Barão de Taca runa, Manoel Antônio dos Passos e Silva. Abandonado durante vários anos, foi restaurado e atualmente abriga o Centro de Educação Musical de Olinda (CEMO), escola de música municipal.
Coreto da Praça da Preguiça
Localização: Avenida Liberdade, s/n – Carmo.
O Coreto de ferro fundido, de procedência escocesa, fabricado pela Fundição Macfarlane de Glasgow, Escócia, adquirido por catálogo em 1914 pelo prefeito Arthur Hermann Lundgren, para a função de retretas. Sua varanda em ferro é adornada por arabescos e encimada por uma espécie de coroa.
Farol de Olinda
Localização: Amaro Branco.
Construído, originalmente, sobre o Fortim Montenegro, o Farol de Olinda foi aceso pela primeira vez em 1872. Visível a 12 milhas, o Farol atual foi construído no Morro Será pião, sendo inaugurado em sete de setembro de 1941. Por se destacar na paisagem de Olinda, tornou-se um dos principais marcos da cidade.
Fortim de São Francisco (Fortim do Queijo)
Localização: Rua do Sol – Carmo.
As primeiras notícias do Forte ou Baluarte de São Francisco datam do século XVII. Por causa de seu tamanho reduzido, ficou conhecido, posteriormente, como “Fortim do Queijo”. Até a década de 30 do século XVIII, o Fortim servia para proteção da costa, quando foi abandonado. Passou por um processo de restauração entre 1973 e 1977, ficando com as atuais feições.
A construção assemelha-se a de outras fortalezas coloniais, com arquitetura simples e rústica, em formato retangular e caracterizando um reduto ou forte não aquartelado. O acesso é feito através de uma rampa de pedra “cabeça de negro” com 10 m de comprimento. O Fortim de São Francisco ainda possui canhões sobre a base de granito e duas casas da guarda, com beiral em tríplice, nos lados da rampa de acesso.
Conjunto da Maxambomba
Localização: Praça do Carmo, s/n – Carmo.
Em 1866 foi iniciada a utilização dos trens a vapor, conhecida como maxambomba, que ligava o Bairro de Beberibe, via Encruzilhada, ao Carmo, em Olinda. Em 1871 foi construída uma oficina da Companhia de Trilhos Urbanos para manutenção dos trens. Com a instalação das linhas de bondes elétricos, o conjunto foi reformado criando residências e comércio.
Mercado Eufrásio Barbosa
Localização: Av. Joaquim Nabuco, s/n – Varadouro
Fone: (81) 3429-3599
O edifício da antiga Fábrica de Doces Amorim Ltda. foi construído em 1894, no local onde existiu a primeira Casa da Alfândega de Pernambuco, no Varadouro, que funcionou nos séculos XVII e XVIII. A fábrica funcionou até 1960 e foi desapropriada anos depois pela prefeitura. Possui uma planta retangular, em piso único, em alvenaria de tijolos. A fachada principal apresenta aberturas em arcos plenos e frontão triangular. Apesar de o prédio original ter recebido acréscimos, não foi descaracterizado. Dispõe de teatro e área para exposições e apresentações folclóricas.
Mercado da Ribeira
Localização: Rua Bernardo Vieira de Melo, s/n – Ribeira
Construído no final do século XVII e início do século XVIII, o Mercado da Ribeira é uma edificação característica do Brasil colonial, com função de mercado de abastecimento. Possui piso em tijolaria e dois alpendres com pilastras. No Mercado da Ribeira funcionam várias galerias de artesanatos, oficinas de entalhadores, gravuras e pinturas. Está localizado em frente às ruínas do Senado.
Observatório Astronômico
Localização: Rua Bispo Coutinho, s/n – Alto da Sé.
Visitação: de terça-feira a domingo, das 16h às 20h.
Grupos com mais de dez pessoas devem agendar as visitas por meio do telefone (81) 3183.5528.
Foi construído na década de 1880, no Alto da Sé, local propício para observações astronômicas. Serviu por várias décadas para observações e estudos de astronomia, e entre 1922 e 1960 funcionou como observatório meteorológico. Sua edificação relaciona-se com as descobertas feitas pelo astrônomo francês Emanuel Liais: a passagem de vênus no disco solar e o Cometa de Olinda, em 1860. Em estilo neoclássico, foi erguido em alvenaria e tem formato cilíndrico. Restaurado na década de 2000, recebeu uma cúpula que possibilita a instalação de telescópios.
Palácio dos Governadores
Localização: Rua de São Bento, 123 – Varadouro.
Foto: Passarinho/Pref. Olinda
O antigo Paço dos Governadores Gerais do Brasil foi construído no século XVII, após a Restauração Pernambucana, de onde o País foi três vezes governado. Em 1824, recebeu a Assembleia Constituinte e Legislativa da Confederação do Equador. Foi modificado e ampliado no final da século XIX, recebendo uma feição neoclássica em sua fachada. Apresenta assoalho em ipê, escadaria original em cedro e o piso em mosaico. Atualmente, é a sede da Prefeitura Municipal de Olinda.
Ruínas do Senado
Localização: Rua Bernardo Vieira de Melo, s/n – Ribeira.
Construção anterior a 1693, o edifício entrou em ruínas e desabou com a transferência da Câmara de Olinda para instalações no Varadouro, no final do século XIX. No Prédio do Senado da Câmara de Olinda, Bernardo Vieira de Melo deu o primeiro grito em favor da República no Brasil, em 1710. Resta um pedaço de parede externa da fachada do antigo Prédio do Senado, mostrando a grossa espessura da parede onde está afixada uma placa relatando o primeiro grito de República no Brasil.
Sobrado Mourisco da Rua do Amparo
Localização: Rua do Amparo, 28.
Antiga residência do início do século XVII, manteve íntegras suas características originais. Possui um balcão em madeira com muxarabis de influência árabe, apoiado em cachorros de pedra e portas de madeira com vergas e ombreiras retas em pedra.
A construção é uma das mais típicas obras do século XVIII existentes em Pernambuco. Sobreviveu a onda de descaracterização, provocada pela vinda da Família Real portuguesa para o Brasil. A arquitetura do prédio possui vários elementos característicos da influência árabe.
Durante os trabalhos de recuperação, foram encontrados tijolos pesando 24 kg, de dimensões originais. Toda a originalidade da obra foi preservada. No andar térreo, veem-se duas portas de vergas e ombreiras retas, ambas de pedra. No andar superior, portais iguais aos do térreo. O balcão é em muxarabi, apoiado sobre cachorros de pedra.
Sobrado Mourisco da Praça de São Pedro
Localização: Praça Conselheiro João Alfredo, 7.
Com bonitos balcões de madeira em losango e treliça, além de seu muxarabi, este sobrado mourisco é um raro exemplar da arquitetura árabe no Brasil. Em 1859, hospedou o imperador D. Pedro II e a imperatriz Tereza Cristina, em viagem ao Nordeste.
MAC (Museu de Arte Contemporânea)
Localização: Rua 13 de Maio, s/n.
Fone: (81) 3184.3153
Foto: Passarinho/Pref. Olinda
O edifício é datado de 1765 e foi construído para ser o Aljube ou Cadeia Eclesiástica para as punições da inquisição. Em frente foi edificada a Capela de São Pedro Advíncula. O conjunto Aljube e Capela foi restaurado e tombado no ano de 1966, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Nele foi instalado o Museu de Arte Contemporânea de Olinda (MAC), que conta com um acervo de mais de 4 mil obras das mais variadas técnicas, épocas e estilos, do academicismo francês até a contemporaneidade, e reúne obras de grandes nomes como Portinari, Cícero Dias, Eliseu Visconti, Djanira, Telles Junior, Wellington Virgulino, Di Cavalcanti, João Câmara, Guinard, Adolph Gottielib, Burle Max, Francisco Brennand, entre outros.
Visitação: terça a domingo, das 9h às 17h.
Entrada: R$ 2,50 (estudante) e R$ 5 (normal).
Estudante de escola municipal ou estadual com visita agendada não paga.
Escola particular agendada paga R$2 por pessoa.
Idosos com mais de 65 anos não pagam.
MASPE (Museu de Arte Sacra de Pernambuco)
Localização: Rua Bispo Coutinho, 726 – Alto da Sé.
Fone: (81) 3184.3154
Inaugurado em 1977, o Museu de Arte Sacra de Pernambuco (MASPE) está instalado no antigo Palácio dos Bispos de Olinda, edificado sobre as primeiras instalações da primeira Casa de Câmara e Cadeia. No século XIX, o casarão sofreu novas modificações, servindo como resistência coletiva de religiosos, colégio e quartel do exército durante a 2ª Guerra Mundial.
Na sua fachada, é possível ver o antigo brasão episcopal e uma placa da Unesco, que declara Olinda, Monumento Histórico da Humanidade. O acervo fixo do MASPE começou a ser construído a partir de uma centena de peças cedidas pela Arquidiocese de Olinda e Recife. Hoje, é composto por imagens eruditas antigas, policromadas e douradas, do século XVI, além de pinturas e arte sacra popular e objetos do culto nas igrejas.
Visitação: terça a sexta-feira, das 10h às 16h / sábado e domingo, das 10h às 14h.
Museu do Mamulengo
Localização: Rua de São Bento, 344.
Fone: (81) 3493. 2753
Fundado em 14/12/1994, o Museu do Mamulengo possui um acervo com mais de 1200 peças feitas pelos mestres mamulengo eirós, representando figuras populares em situações cotidianas rurais ou urbanas, com alguns bonecos do século XVIII. É o primeiro museu dedicado a bonecos populares na América Latina.
Visitação: terça a sexta-feira, das 10h às 17h.
Entrada: R$ 1,00 (estudante) e R$ 2,00 (normal).
Museu Regional de Olinda
Localização: Rua do Amparo, 128 – Amparo
A antiga residência do Bispo de Olinda foi construída no século XVIII, e mantém suas características originais. O Museu Regional de Olinda foi fundado em 1935, em comemoração aos 400 anos de chegada de Duarte Coelho a Pernambuco, pelo então diretor da Biblioteca e do Museu do Estado José Maria Albuquerque Me lo.
Constam no seu acervo, peças como móveis, imagens, painéis, peças de grande valor histórico, como o brasão do Senado da Câmara de Olinda e peças de arte sacra, inclusive um altar que pertenceu à antiga Sé de Olinda, antes de sua reforma em 1711. Ao todo, são 217 peças expostas por toda a extensão dos salões do prédio onde funciona.
Visitação: terça a sexta-feira, das 9h às 17h. / sábado e domingo, das 13h às 17h.
Entrada: R$1 / Atendimento especial para escolas agendadas
Moduladas com pedra e alvenaria, as Bicas foram construídas com a finalidade de suprir a falta de água da Vila de Olinda.
Bica de São Pedro
Localização: Rua Henrique Dias, Varadouro.
Construída no século XVI, a Bica de São Pedro é a que possui maior vazão de água. Segundo uma lenda popular, suas águas surgiam de uma vertente que ficava por baixo do altar-mor da Igreja Matriz de São Pedro Mártir. Conhecida inicialmente como Fontainha, suas águas ainda servem a população Olindense.
Bica do Rosário
Localização: Largo do Rosário, Bon sucesso.
Citada no foral de Olinda em 1537, a Bica do Rosário é, talvez, a única remanescente do Val de Fontes, um riacho existente no século XVI. Manancial fecundo, com seu belo frontispício adornado por paredes com jarros de pedra, a Bica ostenta em sua base o secular brasão da cidade. Importante peça colonial, apresenta uma escadaria toda lajeada em pedras.
Bica dos Quatro Cantos
Localização: Rua dos Quatro Cantos, Amparo.
De acordo com registro histórico, a Bica dos Quatro Cantos foi construída em 1602. Chamada também de Fonte da Tabatinga, chegou a ser destruída e, posteriormente, recuperada.
Por: Roberto Barros