Mero engano no mundo dos tolos
O menino com cara de coitado vivia sempre calado, pensativo. Tinha a cara de bondade e o olhar de inocente.
O menino com cara de espertalhão, metido a inteligente, olhar de gatuno vivia sempre a destenhar o menino com cara de coitado.
O menino metido a inteligente, cara de esperto sempre se achava acima de todos e do menino com olhar de inocente e cara de coitado.
Mas um dia, a porca torceu o rabo. O menino espertalhão e de inteligência artificial viu sua arrogância arruinada.
Um certo dia, o menino de aparência calada, pensativo e olhar de caridade, foi concorrer ao prêmio de melhor pesquisador de sua escola, juntamente, com o menino "inteligente", por sua arrogância.
O menino calado, sempre pensativo, projetou uma máquina de fazer sonhos. Ele apresentou seu projeto no concurso e ganhou em primeiro lugar e foi destaque mundial.
O menino de falsa inteligência, arrogante, medíocre, espartalhão se viu diante de uma mega invenção, que até então, ninguém do mundo tinha inventado, a tal máquina de realizar sonhos, com um simples desejo. E pof: Sonhos realizados.
O menino espertalhão esbravejou furioso:- Como pode essa criatura silencosa, sonso, burro foi capaz de fazer essa grande invenção? Ele não é capaz de tamanha invenção. Não tem capacidade para isso.
Continuou o menino "inteligente" pela sua arrogância: - Eu sou o mais inteligente de todos, o mais esperto e tenho capacidade para tamanha invenção. Não aceito ele como ganhador.
O menino de aparência calada, de olhar bondoso e sempre pensativo, mas observador, falou diante de todos presentes:
- Não julgue as pessoas pelas suas características físicas, pelo falar bonito, elegante ou o falar de discurso convencedor. As pessoas que se glorificam demais são mero espelhos de arrogâncias e de pouca sabedoria. São "tábulas rasas".
Continuou o menino pensante:- Fui julgado o tempo todo por muitas pessoas. Fui motivo de chacota por muito tempo. E desdenharam da minha sabedoria e capacidade. Acharam que não era capaz de tamanha invenção, porque eu não vomito arrogâncias e falsas inteligências pelas palavras, pelas aparências.
E para finalizar o seu falar, o menino pensante e sábio nos deixou uma grande reflexão e lição para as arrogâncias humanas:
- Nunca se acham espertos diante de uma pessoa silenciada, pensante e de aparência inocente ou "burra". Enquanto, um inteligente e esperto, gasta tempo com suas arrogâncias e exaltação de si, o "burro" calado, projeta sonhos que nunca serão alcançados pelos tolos "inteligentes".