Processo – BVIW
A jovem estava mergulhada em sua dor. Corpo sadio, alma doente. Desespero, angústia, tormento sem remédio, caminhava a esmo. Já no limite de suas forças, lembrou-se da mãe, que sempre buscava a oração quando em sofrimento. Sem saída, esgotada, pensou: por que não? Entrou no primeiro templo religioso que encontrou, sem nem saber a que denominação religiosa pertencia. Deu vazão ao pranto, orou, pediu, suplicou, implorou. De súbito, lembrou-se novamente da mãe, que quando orava sempre agradecia, e dizia que temos mais a agradecer que a pedir. Foi nesse momento que encontrou o começo do alívio de que sua alma precisava. Iniciava-se o longo processo de cura.
Lu Narbot
Tema: Cura (conto)