Aventuras de um louco V
O roupante potencializa com o abuso de bebidas alcoólicas.
Procurei realizar as atividades profissionais do cotidiano, exemplarmente.
No mais das vezes ia ao labor de fogo.
Gostava de trabalhar aos finais de semana, e feriados.
Durante a semana, folga.
Quando lecionei, uma vez senti diante do quadro negro, na sala de aula, a cueca desembocando pelo exterior da barra da calça jeans.
Fui abaixando embrulhando a cueca na mão, enquanto a outra segurava o giz, sutilmente a fim de que a classe não percebesse a gafe.
Desconfiei logo ao dormir bêbado acordando de fogo, vesti rapidamente a calça onde se encontrava embolada, a peça que usei dobrada, cueca correta e cueca arretada.
Desci a escadaria em direção à Sala dos Professores, e joguei a cueca arretada na lixeira, olhos nublados de ressaca.
Durante o recreio, mexendo em minha escrivaninha, ao lado da escrivaninha de um dos professores de Biologia (eu leciono Física).
O professor olhou nos meus olhos, exclamou.
- C besta c tá de fogo, professor!!!
Eu não dizia nada, por causa do bafo... (é claro!)
Após estas matizes, pretendo compartilhar consigo, a história da minha segunda cicatriz no rosto.
Uma imensa cicatriz na testa.
De apenas um ponto.
Unindo a fenda.
Pra quem me olhava mais parecia uma boceta na testa, de cima.
Violência Doméstica.
Num dos meus roupantes, joguei a cerveja do copo, no rosto de alguém, do além.
Alguém, do além, apanhou o casco de cerveja, e desceu na minha testa.
A turma do deixa disto chamou a Polícia.
Quando chegaram, disse a eles que me deixassem morrer em Paz; e fui dormir.
Sem mais B.O..
Na manhã seguinte, ao hospital, levei o ponto crucial.
Alguém, do além, detém minha filha caçula.
Há 10 anos.
Eu... a cicatriz.