VENDENDO A ALMA PARA O DIABO
Certo dia em uma roda de conversa com colegas, na qual falávamos generalidades, a certa altura o assunto enveredou para a política.
Um dos interlocutores fez comentário de desaprovação a determinado político, no que foi acompanhado por mim.
De repente, de forma surpreendente, um outro colega, muito transtornado, exigiu que parássemos de falar mal daquele político, “porque eu gosto mais dele do que da minha mãe”, disse, enfaticamente.
Como que não acreditando naquele absurdo que acabávamos de ouvir, tentamos contemporizar, mas o colega foi radical e se retirou.
Ciente de que tudo em nós comunica, diante desse fato parei para analisar esse comportamento:
1 – o colega tem pendências muito mal resolvidas em relação à sua mãe;
2 – demonstrou forte carência afetiva, ao buscar naquele político, o preenchimento da figura paterna;
3 – inferioriza-se de tal maneira, a ponto de conceder ao outro importância maior do que a si próprio;
4 – como o apadrinhado político ocupa o lugar mais alto na hierarquia afetiva do desafortunado colega, é de se inferir que este, ainda que não tenha essa consciência, seria capaz de sacrificar a vida da sua progenitora e a sua própria, caso fosse colocada à prova a sua lealdade àquele.
Pobre colega! Está vendendo sua alma ao diabo!
Indiferentemente de quem seja e a qual partido pertença, nenhum político, nenhuma outra entidade, a não ser o nosso Criador, pode ser “O Senhor” de nossas vidas.