Uma história meiga ...
Ok, muito bem , vamos lá, deixa eu te contar uma história, e é assim mesmo que começa...
Ontem entrei no ônibus para voltar para casa depois da faculdade, estava bem cansado, fim de semana, sabe como é né.
Antes de me sentar, notei uma folha de sulfite dobrada em quatro partes sobre o banco, peguei coloquei no banco ao lado e me sentei, ajeitei minhas coisas.
E a curiosidade me levou a pegar a tal folha e ler seu conteúdo.
Aliás, muito interessante e curioso, alegre e triste ao mesmo tempo..
Transcrevo abaixo o conteúdo para que possam também conhecer o conteúdo e tirar suas conclusões:
“Deixa eu te contar uma história.
Acho que acabei me apaixonando por você. Não por você, a pessoa em si, não apaixonando como as pessoas se apaixonam.
Vou explicar, antes que você pare de ler...
Me apaixonei pelo modo que você me fez sentir sabe. Talvez aquela pessoa que você conheceu em mim seja o verdadeiro eu, animado, que faz um monte de coisa, que está sempre aí para ajudar e tal.
Enfim, esse sou eu..
Porém, não consigo ser eu sozinho, e você com sua maneira diferente se apresentou a mim, me fazendo descobrir isso.
Você se empolgava com tudo o que eu fazia, tinha interesse, vibrava com cada conquista minha, por mínima que fosse.
E isso me dava vida, e isso me motivava, eu vivi realmente nessa época.
Você me chamava atenção quando necessário, de um modo que você sabia fazer, e sempre te falei que só você conseguia.
Era isso que eu procurava, e nessa época eu encontrei.
Eu tinha uma certeza que alguém confiava em mim, que ficava feliz comigo.
Nunca te falei, mas antes eu achava que tudo o que eu fazia, o fato de ser inquieto, de fazer um monte de coisas, nada mais era do que uma necessidade de "aparecer" de algum modo, hoje me sinto mal quando me elogiam, porque ainda é isso que eu busco, "confete" , como você diria.
Aí o tempo foi passando e tudo foi mudando e o resto da história você conhece...não quero escrever essa parte !
Sou muito grato a você por tudo, tudo mesmo!
Só estou tendo uma certa dificuldade em me readaptar à minha vida de antes.
Obrigado menina que ama girassol....”
Esse é o conteúdo do papel, não sei se a pessoa a que era destinada o leu, ou se quem escreveu não teve oportunidade de entregar, mas confesso que me emocionei lendo as palavras dele, me senti como se fosse ele, senti junto com ele como foi um período difícil, mas também senti o carinho e amor fraterno dedicado a uma amiga...
Nunca saberei quem seria ele e muito menos ela, mas é uma bonita história, e se de repente alguém tiver alguma pista de quem seja por favor me informe.
A vida é feita de histórias...
12 maio 2021