C O R R E R I A

Paulo estava sempre apressado, acordava praticamente quase na hora de sair para o trabalho, mandava quem estivesse debaixo do chuveiro sair para que pudesse tomar o seu banho. Vestiu a camisa pelo avesso e só notou quando estava na mesa tomando o café, desesperou-se e bateu na xícara sem querer, o líquido preto derramou em sua calça clara. Correu para o quarto e pegou outra peça, ao fechar a porta do guarda-roupa prendeu o dedo nela, o que lhe valeu um calo de sangue. Voltou para a mesa após vestir outra calça, novamente encheu a xícara com café, mas olhou o relógio, estava na hora de pegar o busão, descuidou-se, dessa vez ao sorver um gole a camisa foi a "vítima". Nova corrida ao quarto, outra camisa, percebendo então que continuava ela, a camisa suja, pelo avesso. Trocou apressadamente e correu rua afora, nem quiz mais tomar o café, tinha que bater o ponto, o jeito era chegar logo no trabalho. Quase perdia o ônibus, que já ia dando saída, o motorista, com cara de poucos amigos, abriu a porta depois de muita insistência sua. Engarrafamento, ele consultando o relógio, preocupado com a hora, mas enfim chegou no trabalho, bateu o ponto com quase cinco minutos de atraso, como das outras vezes, mas chegou são e salvo.