CHAMAS DO CORAÇÃO 9 IND 16 ANOS
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Ali sob a mira de uma mulher que ele não consegue disfarçar seu ódio, Daniel sai de perto dela.
Ele sobe na moto aciona o motor da mesma acelerando e jogando terras com mudas para o alto, ela não consegue segurar o nervoso e atira ao céu.
Daniel ao longe segue sem saber onde Jocyane esta.
Aline entrega a última encomenda que Carla deixara para uma família que pedira bombons avulsos e 8 ovos.
Nilo guarda o dinheiro que recebera da mulher no cofre de elefante, Judite e Carla chegam ali.
- E ai family?
- Tia.
As meninas vão logo abraçando Carla, Judite aproveita e passa por elas indo para a cozinha onde Aline guarda os utensílios usados nos doces.
- Que bom que vieram, já foi entregue tudo.
- Tudo?
Carla fica admirada com aquilo, Nilo vem a Carla e entrega o cofre.
- Esta tudo aqui dentro, tio.
- De novo a me chamar de .............
- Tio. Olhando para o garoto, ela entende a posição do sobrinho e pega o cofre, abre este com auxílio de uma chave própria e conta os ganhos, separa o de novos materiais, Nilo sai com as irmãs para o mercado.
- Acho que vou com eles. Judite se prepara para ir com os netos, Aline diz que vai em seu lugar.
No sofá da sala, Carla conta o dinheiro, Judite ali leva as pernas para a mesinha de forma a descansar os pés.
- Mãe, ainda estou de olho naquilo.
- Sei, penso igual, sabe filha, acho que temos de dar o total apoio aquela garota, eu a conheço de pequena, acima de tudo, ela é iludida demais e nisso sofre com suas escolhas.
- Mãe, a senhora nunca aprovou isso, não gostava de Daniel.
- Ao contrário, filha, eu sempre gostei daquele menino que fazia questão de urinar em minhas plantas e sujar o meu muro com lamas. Risos.
Daniel continua a caça por Jocyane.
Aline sai do mercado, seus filhos ali bem perto dela, até que um carro pára ali.
- Olá crianças.
- Tio Gustavo. Aline olha para o rapaz ali e abre um singelo sorriso, a porta do auto é aberta, as crianças entram e Aline meio que sem jeito entra no veiculo.
- Para onde crianças?
- Para a casa nova tio.
- Agora mesmo.
Num bar de fim de rua, Daniel leva para a goela mais uma dose de wisky barato, nisso uma moto vem até o local, o carona desce e assume a moto que fora alugada.
- Ainda vou precisar dela.
- Nem pensar, você esta bêbado.
- O que diz?
- Obrigado, tchau.
O homem sai com a moto.
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Aline ali na varanda da casa, Nilo serve limonada e bolo branco para eles.
- Hum, delicioso.
- Minha.....quer dizer, meu tio que fez.
- Você tem um tio?
- A Carla. Diz Aline um tanto desconcertada.
- A sim, entendo, esta delicioso Nilo.
- Obrigado.
O menino sai deixando os dois ali.
- Ele nunca aceitou o tio ser...........
- Trans?
- Sim, isso ai mesmo.
- E você Aline, o aceita como ele é?
- De inicio não, agora já o vejo como tipo, uma irmã para mim.
- Sabia, você é muito transparente, brilhante.
- Eu?
- Em tudo que diz e faz, é admirável isso.
- Eu?
- Sim.
- Oras, seu Gustavo, somente sou uma mulher que a vida deu certos tapas e banhos gelados em momentos diversos.
- Nossa, uma filosófa também?
- Céus, que vergonha estou agora.
- Vergonha de quê?
- Eu aqui toda suja, simples, o senhor um homem de negócios, fino, por favor sr Gustavo não é certo a gente assim.
- Assim como?
O homem lhe sorri fazendo Aline sentir o ar gélido e ao mesmo tempo caliente da paixão lhe percorrer todo o corpo.
- Meu Deus, eu acho que......... Aos poucos o casal se aproxima e o beijo surge ali, Aline se solta nos braços de Gustavo que a envolve num abraço e num beijo até que.
- Mãe, tio.
Nilo ali a olhar os dois, logo as meninas chegam, ambos ficam sem graça, ela se recompõe e Gustavo entende que a situação e o momento é de sair, se despede e vai.
Dentro do carro, Gustavo segue para sua casa, seu pensamento é só o beijo e ele sente aquele aperto no peito, olha pelo retrovisor e sorri para si.
Jocyane dorme num colchão de ar, ouve miados e acorda, desce do mezanino e abre o freezer vertical, tira um prato de congelado que Carla lhe deixara, esquenta este no micro e ali na mesa saboreia da lasanha de legumes.
Enquanto se alimenta ela relembra os momentos de paúra diante a selvageria de Daniel.
Longe dali, Daniel verifica os pontos de vendas de drogas e outros de seus negócios tipo desmanches nos quais tem significativa participação.
Saindo dali ele segue para a casa de Laodicéia.
- O que foi dessa vez?
- Ela me deixou, tia.
- Filho. Daniel cai de joelhos ali no quintal da mulher, Lao pede ao menino que traga a poção de ervas, o menino sai correndo e logo retorna com o vidro em mãos, Lao profere uma reza e joga respingos do liquido em Daniel que logo adormece, ela com ajuda de outras duas mulheres levam o rapaz para dentro da casa.
Gustavo chega em casa ja colocando a chave do carro na mesinha de apoio ao lado do sofá, segue para a cozinha onde lhe é servido um suco de laranja e torradas, sai dali ouvindo sons de risos oriundos do escritório da casa, ao passar no corredor é chamado por Magali.
- Filho.
- Oi mãe, esta em casa?
- Querido que bom que veio, estávamos a sua espera.
- Por quê?
- Quero que conheça Camila, lembra-se dela, filha de um empresário bem conhecido de seu pai e sua mãe fora........
- Não mãe, de qualquer modo, prazer, Gustavo.
- Olá Gustavo, sua mãe me disse maravilhas de você. Magali acelera o processo pedindo para que eles sigam para a sala e assim fiquem mais a vontade e conversem.
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