Não me chame pra tomar uma! (Drama)

Capítulo 1 – Feliz vida nova

Ano de 1994

Aquele era o último ano pra eu terminar o meu Segundo Grau. Eu estava radiante, pois estudei muito para finalmente ter este glorioso momento. A minha tão sonhada formatura. Ter o famoso diploma de Segundo Grau era como uma chave que me permitia fazer concurso público pro governo e conseguir assim, a minha tão sonhada independência financeira.

Quando eu voltava pra casa depois da festa de formatura, uma voz conhecida me chamou de dentro de um bar:

- Ei, gatinho!

Olhei e vi a auxiliar de direção, Dona Luciana, uma loirinha linda com seus belos olhos castanho-claros e no auge de sua beleza com seu corpo escultural e toda a maturidade de seus 24 anos de idade. Eu respondi:

- Oi Dona Luciana!

- Vem cá, lindinho. Deixa o “Dona” pra lá, me chama só de Luciana, vamos beber uma cervejinha pra comemorar a tua formatura?

Meio receoso, eu pensei: “Já tenho 18 anos, então já sou maior de idade. Mas mesmo assim, se os meus pais me verem bebendo em um bar, vão pirar. Mas Dona Luciana é tão linda! Quer saber? Ninguém precisa ficar sabendo.” Fui com a cara e a coragem. Dona Luciana foi logo pegando um segundo copo no balcão e enchendo de cerveja. Eu nunca tinha bebido aquele treco antes e o gosto, sinceramente, não era dos melhores. Eu bebi aproximadamente dois copos e fiquei bem zonzo, pois foi minha primeira experiência com bebida alcoólica. Dona Luciana bebeu oito garrafas e quase desmaiou. Quando ela fechou os olhos, eu segurei nas pequenas e frágeis mãos dela e disse:

- Ei, Dona Luciana!

Ela abriu os olhos me olhando com cara de tarada e respondeu:

- Já falei pra parar de me chamar de “Dona”. Agora vamos lá em casa. Um cavalheiro tem o dever de levar a sua dama em casa.

- Tá bom, vamos nessa.

Assim que chegamos à casa dela, fomos “recebidos” pelos cachorrinhos pinscher dela, que ficaram latindo ao me ver. Ela me convidou pra entrar e na cozinha e assim que entramos, aquela loira linda me beijou de língua como se estivéssemos namorando há décadas! Então, ela foi abrindo o fecho-ecler da minha calça e pegando o meu órgão genital, eu fui acariciando o corpo dela. E ali, no chão daquela cozinha, fizemos o nosso primeiro sexo. Depois do sexo, colocamos a roupa e eu disse:

- Que horas são!? Eu já deveria estar em casa!

- SSSSHHHHH! Fala baixo, menino! Meus pais estão dormindo!

Surpreendeu-me saber que Dona Luciana ainda morava com os pais embora tenha o seu emprego como auxiliar de direção Centro Educacional Maria das Flores. Então, ela disse baixinho:

- Vai devagar, sem fazer barulho. Amanhã eu te ligo. Tchau Edson.

- Tchau Luciana, até amanhã.

Quando cheguei em casa, meu pai foi logo perguntando:

- Isso são horas?

- Desculpe, pai. Mas é que eu tive um contratempo.

- Um contratempo? Sei! Te viram bebendo cerveja com uma menina da escola e depois indo para a casa dela.

Neste momento, minha mãe levou um susto, colocou a mão esquerda sobre a boca e disse:

- Edson, pelo amor de Deus! Quanta irresponsabilidade, meu filho! E se aquela jovem tem um coma alcoólico? Você tem dezoito anos, ela não!

- Mas ela também é maior de idade, mãe.

- Mas mesmo assim, e se bate uma fiscalização naquele bar?

Meu pai então entrou na conversa:

- Você não fez nada com ela embriagada não, né, meu filho? Fazer certas coisas com uma mulher bêbada hoje em dia dá uma cadeia arrumada!

- Érr Não! Não se preocupem com isso.

Aliviada, minha mãe disse:

- Que bom, meu filho! Lembre-se de que caso vocês voltem a beber por aí, não toque no corpo dela, nem se ela pedir.

- Pode deixar, mãe.

Tomei meu banho e fui dormir pensando em Dona Luciana. Quem diria que o primeiro sexo da minha vida seria com uma das funcionárias da escola onde eu estudava? Uma experiência única, que se repetiu por várias vezes, nos lugares mais inusitados. Levei alguns meses pra me acostumar com a idéia de que aquela que eu via como uma autoridade dentro da escola era agora a minha namorada. Depois de alguns meses de namoro, percebi um detalhe, que até então não me incomodava: Luciana bebia quase todos os dias no mínimo 5 garrafas de cerveja e ficava embriagada só com a cerveja. Porém, um detalhe me preocupava: Luciana sempre fazia sexo comigo embriagada e isso me fazia lembrar das palavras do meu pai, quando ele uma vez me disse que isso poderia dar “uma cadeia arrumada”, pois pra todos os efeitos, ela embriagada, mesmo estando consciente, vale como se estivesse inconsciente das suas atitudes.

Capítulo 2 – Emprego novo, vida quase nova.

Ano de 1995

Passei no disputadíssimo concurso para Auxiliar Judiciário da União. Um bom emprego com um salário digno. Finalmente a minha independência financeira como eu sempre sonhei, ou quase. A primeira coisa que eu fiz foi entrar numa auto-escola. Eu estava ansioso pra tirar a minha CNH, nem que fosse só na categoria B, pra poder finalmente parar de andar de ônibus. Trabalhar para um juiz não era nada fácil, tinha que chama-lo sempre de “excelência” e pisar em ovos ao falar com ele ou com qualquer outra pessoa dentro do fórum. Mas isso não era nada, comparado a eu acabar gastando o salário quase todo com os porres de Luciana. Sim, aquela mulher sempre me pedia (A bem dizer, me mandava!) pra pagar a conta. Como meus pais me deixavam ficar com e metade do meu salário, eu sempre andava com um dinheirinho. Eu não me negava a pagar pelas bebedeiras dela por conta do sexo fácil, mas este sexo estava ficando caro demais. Sustentar o vício alcoólico de Luciana estava ficando cada vez mais difícil e pedir para ela parar de beber era pedir pra levar um baita sermão dela.

Ano de 1998

Com o decorrer do meu romance com a ex-auxiliar de direção, conheci os pais de Luciana e descobri que ela bebia escondida dos pais e que eles eram contra eu pagar cerveja pra ela. Depois de um longo tratamento psicológico, Luciana foi internada pelos pais em uma clínica para tratamento do alcoolismo. Fiquei um ano sem vê-la, enviando cartas de amor, que pelo que eu soube depois não chegavam a ela, pois correspondências aos pacientes da clínica eram sumariamente “filtradas” e cartas de amor eram inibidas.

Ano de 1999

Saudades, daquela loirinha linda, do toque de suas frágeis e pequenas mãos, do sexo selvagem que fazíamos, ora com ela sóbria, ora com ele embriagada, do seu beijo apaixonado, de dormir abraçado com ela na minha cama, enfim, saudades de Luciana.

De repente, alguém bateu na porta. Atendi e Luciana sem cerimônias entrou, me abraçou e me beijou de forma tão apaixonada, que ela parecia estar desesperada pra me ver. Percebi que ela estava muito magra e com sinais de envelhecimento que até o último dia em que a vi, não existiam. Então, ela me disse olhando nos olhos:

- Edson! Eu PRECISO de uma cerveja!

- Mas amorzinho, você acabou de sair de um tratamento contra o álcool. Não é melhor...

Colocando o dedo indicador da mão direita nos meus lábios, ela disse:

- SSShhhh! Você não sabe o inferno que é aquele lugar! – E começou a chorar enquanto dizia – Aquilo é tipo um presídio! Tem horário pra tudo! Até pra tomar banho e escovar os dentes! Todo mundo é obrigado a fazer uma dieta escrota só de saladas e ninguém pode fazer nada, NADA! Só o que eles programarem nos horários que ELES decidirem, do jeito que ELES mandarem. É horrível! É pior do que um pesadelo! – Então, ela me abraçou forte, e trêmula me disse aos prantos – Não deixa eles me jogarem naquele inferno outra vez, meu amor! Pelo amor de Deus! Vamos sumir daqui! Vamos morar em outra cidade, longe dos meus pais!

Comovido com o medo que Luciana expressava, não só pelo seu corpo tremendo de medo da clínica psiquiátrica, mas também pelo desespero estampado no seu timbre de voz, eu disse:

- Olha amor, meu emprego tá aqui nesta cidade...

Sem me deixar terminar a frase, ela disse:

- Então vamos morar juntos em outro bairro, talvez perto do Fórum, onde você trabalha, vai ser bom pra nós dois, você fica perto do teu trabalho e eu fico longe daqueles pais que acham que eu sou um bicho, que é só jogar numa jaula e pronto, tá resolvido!

- Olha amorzinho, não é tão simples. Eu moro com meus pais e...

- Então me deixa conversar com teus pais, eles vão me compreender se eu conversar bem conversadinho. Amor, TEM que ter uma solução! Eu não quero mais morar com aqueles MONSTROS!

- Olha Luciana, vamos fazer o seguinte, hoje à noite...

- NÃO! Tem que ser agora! Seu Lucindo! Dona Heloísa! Preciso falar com vocês!

- Meu pai tá trabalhando, amor! Calma!

De repente a minha mãe, que estava na cozinha, chegou à sala e disse:

- Oi Luciana. Por que você está chorando, menina? Como foi o tratamento na clínica? Conseguiu parar de beber?

Aos prantos e trêmula, Luciana respondeu:

- É sobre isso que eu vim falar com vocês. Eu PRECISO morar aqui com Edson!

Minha mãe gesticulou um não com o dedo indicador da mão direita, logo em seguida disse:

- Não e não, mocinha. Se você e Edson tiverem que se casar, por mim, tudo bem, mas vocês a partir daí vão morar em outra casa, aqui não.

Então eu disse:

- Eu até conseguiria pagar o financiamento de uma casa, ou talvez um aluguel se você não bebesse tanto, né amor?

Então, ela me olhou de olhos arregalados de cima a baixo e disse:

- Você não entende! Eu PRECISO beber cerveja! Eu TENHO que beber cerveja! Faz parte de mim, eu sou uma mulher assim! Você me conheceu assim! Vai querer me mudar agora!?

Assustada, a minha mãe disse:

- Ué!? Mas você não passou um ano em uma clínica psiquiátrica pra tratar o alcoolismo?

Visivelmente alterada, como se as palavras da minha mãe fossem um insulto, Luciana gritou:

- VOCÊ NÃO ENTENDE DE NADA, SUA VELHA LAZARENTA!

Assustado com o jeito em que Luciana se “transformou”, eu disse:

- Não fala assim com a minha mãe!

Luciana então saiu correndo pela porta afora gritando:

- Seus monstros! Covardes! Canalhas! Monstros da pior espécie! MONSTROOOOOOS!

Apavorada, a minha mãe me disse com olhos arregalados:

- Meu filho! Você tem que encerrar esse namoro o quanto antes! Essa menina enlouqueceu de vez!

- É, mãe, amanhã eu vou conversar direito com ela.

No dia seguinte, eu estava saindo do Fórum, quando uma voz conhecida me chamou:

- Edinho! Precisamos conversar.

Olhei para trás e vi Luciana atrás de um orelhão. Cheguei perto dela e percebi que estranhamente ela usava um par de óculos escuros. E então, ela foi dizendo:

- Olha amor, desculpa o jeito em que eu me descontrolei ontem, tá bom?

- Tá bom, mas...

Eu ia falar sobre a minha mãe me pedir pra terminar o namoro e estava procurando na mente um jeito suave de dizer isso, mas Luciana interrompeu e disse:

- Olha, eu achei uma kitnet pra alugar, baratinho. Só R$500 por mês. Você me ajuda a pagar?

- Mas não é melhor você continuar morando com os teus pais?

Luciana levantou os óculos escuros, revelando o olho direito roxo e muito inchado, dizendo:

- Pra continuar levando soco do meu pai? Ontem eu dormi na casa da minha amiga, se não fosse por ela, teria dormido na rua. Você acha que eu mereço esse tipo de humilhação, Edson?

- Não! Claro que não! Você já foi à delegacia ver isso?

Abaixando os óculos escuros e fazendo cara de decepção, ela disse:

- Você já viu empresário ser preso, Edson? Ou você tá de deboche com a minha cara?

Fiquei sem saber o que responder. Fiquei imaginando o que ela fez ou disse para o pai dela, que a princípio sempre me pareceu gente boa, chegar a esse extremo. Ante o silêncio oriundo do meu choque, a loirinha disse:

- Você tá rindo da minha dor, Edson? Parece engraçado pra você?

- Não, amor! Eu não estou rindo, só estou raciocinando um pouco.

Então, olhando para cima, ela disse em tom intimidante:

- Vai me ajudar a pagar a minha casa ou não vai? Você nem precisa vir morar comigo, pode ir lá quando quiser pra gente fazer um amor gostoso. Eu preciso dessa casa, pela minha liberdade, pelo meu direito de levar uma vida normal igual todo mundo. Eu sou uma mulher independente, você sabe. Você me conheceu trabalhando na escola onde você era aluno. Só que eu estou desempregada e nos primeiros meses, só até eu conseguir comprar certas coisas, eu vou precisar da tua ajuda.

- Tá bom, amor, eu te ajudo.

Luciana então me beijou de língua de um modo tão quente e apaixonado, que me deixou até meio zonzo. Depois disso, ela foi embora. Fiquei com um detalhe me martelando a cabeça: Por que ela me acusou de rir da dor dela, se a minha expressão facial estava séria e ela estava completamente sóbria? Será que ela estava começando a enlouquecer? Lembrei-me das palavras da minha mãe, quando me disse que Luciana estava enlouquecendo. Fui pra casa pensando nela, na promessa que eu fiz a ela de ajudar a pagar um aluguel pra ela morar longe dos pais, e o mesmo tempo pensando na promessa que fiz à minha mãe de terminar este namoro. E agora, o que fazer? A primeira coisa que eu pensei foi: “Minha mãe não precisa ficar sabendo sobre eu ajudar Luciana a pagar o aluguel de sua nova moradia”.

Naquela noite:

Como de costume, assisti na companhia do meu pai o telejornal enquanto a minha mãe preparava a janta. Eu e meus pais jantamos assistindo à novela, como em todas as noites fazíamos. Logo após a janta, quando eu ia me preparar pra tomar banho e dormir, o telefone da minha casa tocou. Atendi e Luciana totalmente embriagada me disse do outro lado da linha:

- Edsssooonn, me busssca aqui no barrr do João.

- Mas aí eu te levo pra onde? Qual é o teu novo endereço?

- Ué, Edson? Esqueceu onde eu moro?

Pra não alongar a conversa e minha mãe não descobrir que eu estava falando com Luciana depois de ter prometido encerrar o namoro, resolvi desligar e pedir explicações pessoalmente sobre a idéia dela de ir morar sozinha. Então eu disse:

- Tá bom, daqui a pouco eu chego aí.

Assim que eu desliguei o telefone, minha mãe me olhou nos olhos com olhos de águia e disse:

- Eu não falei pra terminar esse namoro?

- Mas eu terminarei mãe. Só vou ao centro rapidinho e já volto. É a última vez que eu encontro com ela, tá bom?

Minha mãe me olhou com os olhos semi-cerrados e disse:

- Vê lá, hein Edson. Vê lá!

Saí, e fui de carro ao Bar do João, aquele mesmo em que eu e minha amada bebemos pela primeira vez. Chegando ao bar, a vi sentada numa cadeira do lado de fora dormindo. A acordei e ela foi logo entrando no meu carro. Peguei a bolsa, que ela deixou pendurada no encosto da cadeira. Ao entrar no carro, perguntei se era pra levar na casa dos pais dela. Ela então disse que sim e que os pais estavam viajando naquele fim de semana, foram naquela sexta-feira para a cidade vizinha, onde eles têm uma casa de veraneio e só voltariam na segunda-feira de manhã. Sem entender nada, levei-a para a casa dos pais, ela então tirou as chaves da casa de trás de um filtro de água que estava no cantinho da varanda e entrou, me chamando pra entrar junto. Entrei e a vi sentada na cadeira da sala, dormindo. Perguntei:

- Lu? Você está bem, né?

Ela abriu os olhos e disse:

- Me dá só um beijo de despedida e tá liberado, amor.

Quando a beijei, senti na língua dela, um gosto muito forte de uma bebida que eu não conhecia, da qual um simples gostinho na língua me deixou tonto e com uma leve dor de cabeça. Na hora eu pensei: “Caramba! O que foi que ela bebeu dessa vez!?” Logo em seguida, Luciana dormiu de novo. Então, tranquei a porta e joguei as chaves da casa dela pela janela vasculhante da cozinha. Escutei o som metálico das chaves caindo na bancada da pia de alumínio. Pensei: “Agora ela está segura, não é possível que amanhã quando acordar, ela não veja as chaves em cima da pia.”

Voltei pra casa, e fui tomar banho pra dormir sob o olhar “condenador” da minha mãe.

Na segunda-feira, exatamente às 11:00h da manhã, o telefone da sala onde eu trabalho tocou. Atendi e escutei a voz da mãe de Luciana, que aos prantos me disse:

- Edson... Eu tenho uma péssima notícia pra te dar.

- Oi, Dona Lucia, pode falar.

- É que na sexta-feira, nós fomos passar o fim de semana na nossa casa de veraneio e deixamos Luciana em casa. Nós levamos todas as bebidas alcoólicas conosco, pra garantir que Luciana não iria beber. Mas ela achou o etanol que meu marido deixou ma garagem... E bebeu... E agora quando a gente voltou do passeio, Ai meu Deus... Luciana estava morta por intoxicação sentada na cadeira da cozinha... O médico que examinou o corpo disse que ela bebeu dois copos de etanol. O velório vai ser na capela mortuária n.º 4 do Cemitério Municipal de hoje até amanhã. O enterro é amanhã às 10 da manhã. Edson? Alô?

Com lágrimas nos olhos, eu respondi:

- Eu estou ouvindo Dona Lucia. Meu Deus! Estou chocado. Meus mais sinceros sentimentos, Dona Lucia. Obrigado pelas informações. Tchau.

Ainda chorando, Dona Lucia respondeu:

- Tchau.

Quando desliguei o telefone, meus colegas de trabalho me perguntaram o porquê de eu estar chorando e eu respondi:

- Minha namorada morreu. O enterro vai ser amanhã às 10 da manhã.

Milagrosamente, o Juiz para a qual eu trabalhava me liberou e me deu sete dias de folga por luto.

Desde o fatídico dia em que vi o corpo inerte de Luciana dentro do caixão, eu nunca mais entrei em um bar, nunca mais cheguei perto de qualquer bebida alcoólica. Sempre que eu via uma garrafa qualquer de cachaça ou qualquer outra bebida destilada, sentia arrepio e nojo. Ao ver uma propaganda qualquer de cerveja automaticamente, eu pensava: “Essas bebidas malditas levaram a aminha amada Luciana pro túmulo!”

Desde então, se um amigo ou conhecido me chama pra “tomar uma”, aquilo entra no meu peito como um punhal cortando o meu coração e dilacerando a minha alma! Soa pior do que um insulto!

FIM

Eduard de Bruyn
Enviado por Eduard de Bruyn em 19/04/2021
Código do texto: T7235912
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