O Cantar do Mar

19.03.2021

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Caminhava naquela manhã calma e quieta pela praia quase vazia. Ouvia só o som cadenciado e característico do quebrar das ondas na orla. Observava a espuma borbulhante e branca ser engolida pela areia. Uma leve e fresca brisa delicadamente acolchoava o seu corpo. O céu, de um azul indescritível, puríssimo e limpo, o seguia. Um belo dia! Uma sensação de reconforto, paz e tranquilidade contagiou o seu ser. Estava leve.

- Escuto há tempos o som do mar e hoje o percebo tão bem - pensou.

Ao longe, via a longa faixa de areia da baía com uma coroa alva de ondas quebrando. Sentiu-se calmo e feliz ao ver esse belo cenário.

Absorto, as lembranças desse marulho vieram-lhe à mente.

Menino, da primeira vez em que viu o mar imenso e escutou o estrondo forte das suas ondas quebrando na praia, não se intimidou. A sua beleza o contagiou, entrando nele para abraçá-lo ingenuamente. Rolava deliciosamente ao sabor das pequenas vagas cálidas que, delicadamente, o devolviam para a areia da praia. Sabia o mar que ele era ainda muito pequeno para ter grandes aventuras em suas águas. Nasceu ali uma amizade profunda e forte, de respeito. O seu cantar o cativou.

Já habituado à sua potência e força, e com paixão de ficar longos períodos mergulhando em suas águas até o fundo límpido, ficava vendo os peixinhos coloridos e os caranguejos cumprimentando-o com as suas garras levantadas; pegava “jacarés” descendo as ondas lisas e grandes, enveredando pelo “tubo” que lhe oferecia o mar, como que participando da brincadeira.

Adolescente, caminhava romanticamente com o seu par pela areia fofa e quente da praia, ouvindo o cantar calmo e baixo das ondas, em um clima de suavidade e carinho. Era música de fundo tocando no escuro da noite esplendidamente estrelado. Eram cúmplices também.

Ele pai, levava os seus pequenos para a praia cedinho. Faziam enorme algazarra ao entrarem correndo nas ondas fracas e convidativas, mergulhando alegremente como que atraídos pela música de suas vagas.

Acordou então de suas reminiscências com o som forte e seco de um vagalhão batendo na areia quase aos seus pés. Estava feliz.

Seguiu caminhando pela areia, ouvindo o cantar do seu eterno companheiro, o mar.

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Fernando Ceravolo
Enviado por Fernando Ceravolo em 22/03/2021
Código do texto: T7213453
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