Presente da vida
Ela acordou cedo naquele dia, vestiu-se para caminhar ao longo do rio que havia perto dali. Olhou o céu convidativo, pegou sua máscara, agora item indispensável, uma garrafinha com água e saiu.
A cada passo observava a natureza que dava sinais de que o mundo continuava seu curso, alheio ao vírus inusitado que assolava as nações, dizimando vidas diariamente, imprimindo o medo até nos corações humanos mais insensíveis. A pandemia modificara as rotinas, trazendo dificuldades a muitos, gerando pânico e tristezas profundas naqueles que perderam pessoas queridas ou até mesmo a esperança.
Contudo, o rio seguia seu fluxo, os pássaros voavam tranquilos, o mato crescia verde como se vivessem em mundo diferente.
Era uma época tão estranha, pensou enquanto sentava num banco de madeira, que de frente para o rio, esperava um transeunte disposto a gozar de uns minutos de tranquilidade. Nesse instante ela percebeu que um gato a olhava fixamente como se entendesse seus pensamentos. O bichano se aproximou elegantemente, sentou-se em sua frente e miou como se tivesse concordando com seus pensamentos. Ela sorriu diante aquele animalzinho, indefeso, perdido em um mundo sem abrigo, sem a certeza do alimento, sem carinho ou alguém que pudesse lhe prover as necessidades básicas.
Nesse instante, como se ele percebesse algo em seu olhar, aproximou-se mais e rodeou suas pernas. Miou mais umas duas vezes e ficou ali, imóvel, defronte o rio como ela estava.
Uma paz lhe invadiu o coração e sua voz silenciosa passou a orar pelo mundo, pelo rio, pelos pássaros e pelas plantas... seu coração encheu de uma profunda compaixão. Nesse instante ela olhou para o gatinho, fez um carinho e este rapidamente aninhou-se em seu colo. Ficaram ali quietos. Perdeu a noção do tempo.
Levantou-se com o animal em seus braços e voltou para casa sentindo o coração mais leve e que levava um presente da vida. Teve certeza que deveria cuidar daquele animalzinho, como se sentia cuidada, há muito, pela divina providência.
Ela acordou cedo naquele dia, vestiu-se para caminhar ao longo do rio que havia perto dali. Olhou o céu convidativo, pegou sua máscara, agora item indispensável, uma garrafinha com água e saiu.
A cada passo observava a natureza que dava sinais de que o mundo continuava seu curso, alheio ao vírus inusitado que assolava as nações, dizimando vidas diariamente, imprimindo o medo até nos corações humanos mais insensíveis. A pandemia modificara as rotinas, trazendo dificuldades a muitos, gerando pânico e tristezas profundas naqueles que perderam pessoas queridas ou até mesmo a esperança.
Contudo, o rio seguia seu fluxo, os pássaros voavam tranquilos, o mato crescia verde como se vivessem em mundo diferente.
Era uma época tão estranha, pensou enquanto sentava num banco de madeira, que de frente para o rio, esperava um transeunte disposto a gozar de uns minutos de tranquilidade. Nesse instante ela percebeu que um gato a olhava fixamente como se entendesse seus pensamentos. O bichano se aproximou elegantemente, sentou-se em sua frente e miou como se tivesse concordando com seus pensamentos. Ela sorriu diante aquele animalzinho, indefeso, perdido em um mundo sem abrigo, sem a certeza do alimento, sem carinho ou alguém que pudesse lhe prover as necessidades básicas.
Nesse instante, como se ele percebesse algo em seu olhar, aproximou-se mais e rodeou suas pernas. Miou mais umas duas vezes e ficou ali, imóvel, defronte o rio como ela estava.
Uma paz lhe invadiu o coração e sua voz silenciosa passou a orar pelo mundo, pelo rio, pelos pássaros e pelas plantas... seu coração encheu de uma profunda compaixão. Nesse instante ela olhou para o gatinho, fez um carinho e este rapidamente aninhou-se em seu colo. Ficaram ali quietos. Perdeu a noção do tempo.
Levantou-se com o animal em seus braços e voltou para casa sentindo o coração mais leve e que levava um presente da vida. Teve certeza que deveria cuidar daquele animalzinho, como se sentia cuidada, há muito, pela divina providência.